Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), o projeto (PL 6738/13) que cria cotas para a população negra no serviço público federal é ação afirmativa e de inclusão. “Engana-se quem pensa que a política de cotas significa uma pessoa desqualificada ter direito igual ao outro, isso não é verdade”, afirmou a parlamentar ao defender o projeto que está prestes a ser apreciado pelo plenário da Câmara. Confira neste vídeo:
Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstraram que negros e pardos chegam a ocupar menos de 6% . Considerando os ingressos de servidores públicos federais entre 2007 e 2012, o segmento de negros e pardos ocupa apenas 5,9% das vagas na diplomacia.
Nas carreiras de desenvolvimento tecnológico de nível superior, o índice é de 6,3%, enquanto na auditoria da Receita Federal, apenas 12,3% das vagas foram ocupadas por negros e pardos. O número não é muito distinto entre procuradores da Fazenda Nacional (14,2%), na carreira jurídica da Advocacia Geral da União (15%) ou da Defensoria Pública (19,5%). Para servidores de nível superior das agências reguladoras (15,6%) e fiscais do trabalho (16,6%) a situação é semelhante. No conjunto da população economicamente ativa, negros e pardos representavam 52,2% do total em 2012.