O deputado Vicentinho (PT-SP) anunciou em plenário, nesta quinta-feira (9), a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores da Economia Informal. O parlamentar, que tem uma trajetória de luta em defesa da classe trabalhadora, afirmou que nos últimos anos cresceu muito o mercado informal no País. Ele citou o exemplo da sua região – o ABC paulista – que até pouco tempo tinha 365 mil trabalhadores com carteira assinada. “Esse número caiu para 180 mil. Fazendo uma conta simples, mais da metade do nosso povo trabalhador está na informalidade”, lamentou.
Vicentinho frisou que na informalidade esses trabalhadores não têm direito a férias, não tem sindicato e, portanto, não tem cláusulas sociais. Não tem 13º, não tem aviso prévio, não tem Fundo de Garantia. Não tem direito à aposentadoria, “e as pessoas procuram se virar”.
Trabalhadores de aplicativos
É nesse contexto, segundo Vicentinho, que surgem os trabalhadores da economia informal. “Os nossos irmãos trabalhadores em aplicativo de carro, de moto, de bicicleta, que trabalham como loucos. Os acidentes de bicicleta nem se fala, de motos, mais ainda. Em São Paulo, são, em média, segundo os últimos dados, duas mortes por dia”, denunciou.
Vicentinho pediu apoio dos deputados e deputadas para a formação da frente parlamentar. “Eu queria contar com o apoio dos senhores, porque não é possível que aquelas malditas reformas Trabalhista e Previdenciária, com seus efeitos maléficos, continuem sobre os trabalhadores”, argumentou.
Esses trabalhadores informais, continuou o deputado, têm direitos. “O nosso ministro Luiz Marinho (Trabalho) está muito sensibilizado, como o presidente Lula também. Que ouçamos esses trabalhadores, que elaboremos propostas para este segmento, ouvindo os homens e as mulheres, porque é uma gama muito grande, e nós não podemos permitir que os trabalhadores informais, os ambulantes, os trabalhadores em aplicativos sejam excluídos, humilhados, que sejam abandonados quando chegarem às suas idades de aposentadoria”, afirmou.
Vânia Rodrigues