A crise ambiental tem tirado ativistas, políticos e organizações não governamentais do sério, principalmente devido aos discursos controversos e sem embasamentos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o aumento do desmatamento na Região Amazônica. Na quarta-feira (21), o deputado Valmir Assunção (PT-BA) elevou o tom do debate e disse que o governo Bolsonaro é conivente com a situação. “A crise ambiental é assustadora justamente porque Bolsonaro, também nessa área, não apresenta uma proposta para impedir as queimadas, para impedir o desmatamento. Ao contrário, o que acredito é que tudo que está acontecendo na Região Amazônica é um acordo do presidente da República com a bancada do agronegócio. Isso para justificar a expansão do agronegócio naquela região”, denuncia.
Valmir faz um diagnóstico da situação do País e diz que o “momento é delicado”. “Em todas as áreas é crise de todo jeito. Para a crise econômica, o presidente Bolsonaro não apresenta nenhum programa, nenhuma ação para gerar emprego. Cada dia que passa aumenta mais o desemprego. Por outro lado, vem a crise ambiental que os dados são assustadores. Lógico que aí as queimadas vão favorecer a ação predatória de latifundiários e ruralistas naquela região. Então, por isso, eu acredito que a destruição do meio ambiente na Região Amazônica é uma estratégia do presidente com a bancada ruralista para as queimadas acontecerem, destruírem o meio ambiente e a partir daí o agronegócio se implementar naquela região. Tanto é assim que o governo vai dispensar R$ 3,5 bilhões do fundo amazônico para preservação da natureza e Bolsonaro concordou com isso”.
Privatizações
Assunção tratou ainda da lista com cerca de 17 estatais que serão vendidas pelo governo. “A crise só aumenta. Esse processo de privatização do Estado brasileiro é uma vergonha. Já privatizaram a Previdência com a Reforma da Previdência. E como é que esse Brasil vai sobreviver, como é que o povo vai sobreviver se tudo vai para a iniciativa privada?”, questiona. Valmir completa dizendo que os parlamentares precisam reagir “e não aceitar um governo entreguista, que destrói o País e a gente achando que o presidente é louco. Ele não é louco, é uma pessoa a serviço dos norte-americanos, dos ricos do Brasil, e está implementando um programa para impedir que a população tenha oportunidade, por isso que a crise é cada vez mais profunda e a população está cada vez mais pobre”.
Assessoria de Comunicação
Foto – Gabriel Paiva