Última jornada do ano em defesa da democracia inunda de vermelho ruas do Brasil

ato salvador 16 12 15Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas nesta quarta-feira (16), em mais de 40 cidades de 22 estados, para repudiar o movimento golpista capitaneado pelo PSDB e pelo iminente ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pretende cassar o mandato da presidenta Dilma Rousseff, eleita pelo povo brasileiro em 2014 com mais de 54 milhões de votos.

Representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda estiveram à frente dos atos contra o impeachment da presidenta. CUT, CTB, Intersindical, MST, UNE, UBES, MTST e tantos outros uniram-se ao PT, PCdoB, PDT, PSol e frações de outros partidos de esquerda contra a ameaça representada pelo golpismo da direita. Trata-se da maior unidade das forças progressistas desde 2002, quando o Brasil elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente do Brasil.

A Avenida Paulista, no centro de São Paulo (SP), foi o palco da maior manifestação, com um público estimado entre 70 e 100 mil pessoas, formadas em sua grande maioria por estudantes e trabalhadores comuns. “Participei da época da ditadura e é um golpe querer tirar a Dilma da presidência”, relatou o contador aposentado José Alves de Castro, de 86 anos, que estava no protesto contra o impeachment na Avenida Paulista, segundo divulgou o site G1. Para a designer Adriana Cristina, a decisão pelo voto precisa prevalecer. “Meu voto tem que valer, as pessoas precisam aprender a votar pra depois questionar”, defendeu.

A professora Camila Tenório Cunha resumiu: “A gente está aqui para defender a democracia, o que estão alegando para tirar a Dilma é porque ela investiu em projetos sociais”, disse, acrescentando que, apesar de ter Cunha no nome, quer a saída do presidente da Câmara de Deputados.

Em Brasília, manifestantes contrários ao impeachment fecharam quatro faixas do Eixo Monumental para marchar até o Congresso Nacional em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff. A marcha começou pouco após o pronunciamento da presidenta na abertura da Conferência Nacional da Juventude, realizada no estádio Mané Garrincha. Em Brasília, entidades estudantis exibiram faixas contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os organizadores estimaram o público do ato entre 10 a 15 mil pessoas.

O servidor público Ademar Nogueira se vestiu de Papai Noel. “Temos que mostrar que temos alegria de ter a Dilma como presidente. Vim de Papai Noel para mostrar que é um presente para o brasileiro ter democracia. Eu resolvi ficar aqui na frente para levar a mensagem positiva de fim de ano. Quero um Brasil melhor para todos e não só para mim”, disse.

Confira o que disseram parlamentares do PT sobre as manifestações desse 16 de dezembro:

Sibá Machado (PT-AC), líder da Bancada – Tivemos manifestações em praticamente todos os estados e com muita unidade do campo de esquerda. Fomos numericamente superiores em presença às marchas golpistas que celebraram o AI-5 e com um povo animado que acordou com muita vontade e está atento para essa tentativa de golpe. Quem achava que iria impor um golpe facilmente é melhor procurar o seu juízo e pensar melhor.

Carlos Zarattini (PT-SP) – O povo está nas ruas pra dizer que não vai aceitar um golpe, que não vai aceitar essa afronta à democracia. O povo não vai aceitar esse rompimento. E a cada dia estamos vendo mais manifestações, mais manifestações de lideranças, intelectuais, sindicalistas, artistas, estudantes… é o povo brasileiro dizendo que não vai ter golpe em nosso País.

Afonso Florence (PT-BA) – Estão de parabéns os movimentos sociais e populares que organizaram esses atos em defesa da legalidade democrática e da preservação das conquistas obtidas pelas lutas ao longo dos 12 anos, que agora estão postas em xeque pelos defensores do golpe institucional e da agenda econômica do retrocesso. todos os atos superaram a nossa expectativa e demonstram a disposição do nosso povo para enfrentar o golpismo.

Paulo Pimenta (PT-RS) – Tivemos uma semana muito dura e um dia muito intenso no Congresso, mas chegamos ao final desta quarta-feira histórica com a alma lavada diante dessas manifestações vitoriosas e tão expressivas simbólica e politicamente. Vamos seguir na luta diária para construir uma democracia cada vez mais sólida, que não possa ser ameaçada por golpistas que não aceitam os resultados eleitorais.

PT na Câmara com agências

 

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