Deputados da Bancada do PT repudiaram nesta quarta-feira (16) o aumento do déficit fiscal anunciado pelo governo golpista para R$ 159 bilhões, em 2017 e 2018, bem como o conjunto de investidas econômicas contra o trabalhador brasileiro, entre alas, a redução em R$ 10,00 no valor inicialmente previsto para o salário mínimo no próximo ano.
Sobre o déficit, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) disse se tratar de um “absurdo”. “Para algum desavisado, pode até parecer algo bonito, mas trata-se de um grande rombo, de um grande furo nas contas públicas do País, ou seja, o governo federal, de forma irresponsável e criminosa, está gastando mais do que arrecada e gasta mal”, afirmou.
O deputado Valmir Assunção (PT-BA) revelou em plenário a grande contradição vivida pelo atual governo. Quando estava na oposição ao governo Dilma, a base golpista de Temer apontava o dedo contra a presidenta, acusando-a por um déficit infinitamente menor que o de hoje. “Agora o rombo é de 159 bilhões de reais. E ninguém diz nada! Chega-se ao ponto de mexer no reajuste do salário mínimo”, denunciou.
O deputado Caetano (PT-BA) avaliou que por trás de todas essas medidas desastrosas, incluindo a tentativa de aprovar o “Distritão” na reforma política, está a tentativa de entregar o Brasil, de vez, ao capital externo. “Ele quer cortar agora mais o quê? O salário mínimo. Cortar o salário mínimo é trazer o Afeganistão para cá, com essa proposta de distritão. Ao mesmo tempo, há esse rombo no País de 159 bilhões”.
Ao tratar do arrocho que o governo promove a todos os trabalhadores, a deputada Erika Kokay (PT-DF) disse também ser injusto Michel Temer mirar sua artilharia contra os servidores públicos, jogando para eles o ônus de parte dessa gastança golpista. “Temer elege um inimigo: os servidores que constroem este País, que constroem as políticas públicas”, destacou a parlamentar.
O deputado Marcon (PT-RS) reforçou o quão é descabida a decisão de cortar R$ 10 no salário do trabalhador. “Mais uma vez, neste País, quem paga a conta do golpe são os trabalhadores, os aposentados que recebem salário mínimo. São 10 reais em um ano, 10 reais em outro; se somar, são 20 reais a menos no bolso do nosso povo”, ressaltou, fazendo referência ao mesmo corte realizado no ano passado.
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