Foto: Agência Câmara
“Hoje 30% dos lares brasileiros são liderados exclusivamente por mulheres, responsáveis pela manutenção de suas famílias. Ainda, assim, elas recebem 80% do salário dos homens mesmo ocupando as mesmas funções. Com a regulamentação da terceirização, essas mulheres poderão ter salários ainda mais reduzidos, jornadas de trabalho ampliadas e o nível de vida precarizado”, alerta a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
Para a deputada, a aprovação do PL 4330 pode fazer com que os direitos trabalhistas retornem a patamares anteriores à instituição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Segundo ela, a proposta precariza conquistas históricas. “A aprovação desse projeto será um duro golpe contra os trabalhadores”, ressalta.
A deputada também chama atenção para a desarticulação dos trabalhadores. Ela usou o exemplo de uma escola. Para ela, que é professora, não há como dissociar o vínculo do professor com a comunidade escolar, representada pelo corpo docente, corpo discente e pais ou responsáveis. “O lugar onde se presta o serviço não é o espaço de defesa da categoria, o que vai gerar alienação e desarticulação dos trabalhadores”, afirma a deputada.
Além disso, Rosário disse acreditar na força dos movimentos sociais e das centrais sindicais para tentar barrar o texto. No entanto, ela lembrou que eles foram proibidos de acompanhar a sessão na última semana pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O povo não pode ser cerceado de ocupar a casa que é dele”, explica a deputada.
das agências