O deputado Nilto Tatto (PT-SP) anunciou nessa terça-feira (17), durante sessão da Câmara dos Deputados, a aprovação de seu relatório temático do meio ambiente para o Orçamento de 2021. A proposta amplia em R$ 100 milhões o orçamento para a execução de políticas públicas sob a responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente. Durante o pronunciamento, o parlamentar destacou que a aprovação foi uma grande vitória, principalmente diante do cenário de ataques ao setor praticados pela política antiambiental de Bolsonaro e de seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, responsável, por exemplo, pela redução de 35% dos recursos para o setor desde o início do atual governo.
“Conseguimos ampliar em mais de R$ 100 milhões o montante de recursos para as áreas importantes, como a criação, gestão e implementação das unidades de conservação e prevenção e controle de incêndios florestais. O orçamento, que estava em R$ 534 milhões em investimentos poderá passar para R$ 630 milhões”, comemorou Tatto.
Mudanças Climáticas
Após citar a passagem do Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, comemorado ontem (16), Nilto Tatto ressaltou que é preciso que a sociedade reflita sobre os impactos que os gases de efeito estufa causam ao planeta. “O mundo já vive a imergência climática, que tem provocado efeitos extremos, como grandes secas e enchentes. Afeta, em especial, sempre os mais pobres. É inadiável a mudança do atual modelo econômico de exploração abusiva dos recursos naturais, que gera riqueza concentrada e aumenta a desigualdade”, explicou.
Apesar desse cenário, o parlamentar lamentou que no Brasil o governo Bolsonaro tenha desmontado já as políticas públicas voltadas ao clima desde o início do governo. “O descaso com esse tema ficou expressado, por exemplo, na forma desastrosa e deplorável com que o ministro Ricardo Salles acabou com os projetos do Fundo Amazônia”, apontou.
Tatto disse ainda que todos os brasileiros precisam estar atentos a esse tema “se quisermos um País e um planeta vivo para as futuras gerações. Não teremos política ambiental com esse governo. Por isso, impeachment já!”, finalizou.
Héber Carvalho