O deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou nesta semana, na Câmara, que a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Lula e Dilma por suspostamente integrarem uma organização criminosa “não se sustenta por absoluta falta de provas”. Em contrapartida, o parlamentar lembrou que sobram fatos que comprovam a prática de corrupção envolvendo o presidente Temer e alguns de seus aliados.
“Até hoje estou esperando que a PGR ou a Polícia Federal mostre uma necessaire apreendida com dinheiro na casa de Dilma, ou uma valise ou mala com dinheiro encontrada na casa de Lula. Como um país pode conviver com provas como uma mala com R$ 500 mil destinada a Temer, ou a mala com R$ 2 milhões para Aécio Neves e ainda dezenas de malas e caixas com R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima, e vem a PGR e denuncia Lula e Dilma baseado em ilações e acusações sem nenhuma materialidade? ”, indagou Solla.
Sobre a apreensão do dinheiro no apartamento em Salvador utilizado pelo ex-braço direito de Temer, Solla declarou que os r$ 51 milhões encontrados no local pela Polícia Federal poderiam ser recursos estocados para serem usados nas eleições do próximo ano.
“Porque alguém guardaria 51 milhões em dinheiro? Que Geddel sempre foi envolvido em corrupção, não é surpresa para ninguém. Ele é dono de inúmeras fazendas e grande quantidade de gado. Se fosse para aumentar o patrimônio ilicitamente ele poderia ter adquirido gado ou obras de arte. E provável sim, que grande parte desse dinheiro estivesse sendo preparado para tentar tomar de assalto o governo da Bahia na eleição do próximo ano”, observou.
Ainda de acordo com o parlamentar, é de conhecimento público na Bahia que o PMDB de Geddel e o DEM do atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), “são fortes aliados em um projeto para conquistar o governo da Bahia, após terem perdido três eleições seguidas”.
Héber Carvalho
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara