Em 2020 os clubes privados compraram mais munição que os órgãos de segurança do Brasil, alerta Frei Anastácio

Deputado Frei Anastácio. Foto: Divulgação Mandato

O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) afirmou que os resultados do incentivo ao armamento da população e a flexibilização das regras para adquirir armas e munição, no governo Bolsonaro, já mostram resultados assustadores. “Levantamento mostra que clubes de caçadores, atiradores e colecionadores compraram mais munição do que todos os órgãos de segurança do Brasil. Isso é assustador”, disse o deputado.

Frei Anastácio destacou que, segundo especialistas, a quantidade de pólvora é como se tivessem sido recarregados, em 2020, 49 milhões de munições de pistola 9mm, ou 15,4 milhões de munição de fuzil 5.56. Um absurdo. É como se esses clubes estivessem se preparando para uma guerra no Brasil. Nunca se viu isso no País”, criticou.

Segundo levantamento, a compra de pólvora aumentou 46,5% desde 2018, quando as políticas para adquirir armas eram mais restritas. “Segundo levantamento publicado em reportagem do jornal O Globo, só os colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores (CACs) compraram mais projéteis do que todos os órgãos de segurança pública do Brasil, em 2020. Os riscos disso, segundo especialistas, são de que parte dessas munições e armas esteja abastecendo o crime organizado e milícias. E aí surge a pergunta: o que Bolsonaro está planejando com toda essa facilidade na compra de armas e munições”, indagou o deputado.

O parlamentar lembrou que desde que assumiu o governo, Bolsonaro assinou 32 atos, entre decretos, portarias e projetos de lei contrários ao Estatuto do Desarmamento. “Os resultados dessa política são o aumento da compra de pólvora, armas, munição e aumento do número de homicídios, que apenas em 2020 fez 39.000 vítimas”, lamentou.

O deputado demonstrou preocupação ainda maior porque Bolsonaro já declarou que o Exército expedirá mais três portarias que facilitarão ainda mais o acesso às armas.

“Diante de tudo isso, só podemos concluir que Bolsonaro tem planos sombrios para o Brasil. Quando não é de Covid ou de fome, ele quer que o povo se mate com armas de fogo. As regras já afrouxaram bastante e com o aumento de armas nas mãos de civis despreparados, os números da violência podem piorar ainda mais”, criticou.

Antes das políticas de Bolsonaro, o limite era de 16 armas para cada atirador. Agora, qualquer atirador, independentemente da experiência, pode adquirir até 60 armas. O caçador pode possuir até 30 armas. O cidadão comum pode ter até oito armas.

 

Assessoria Parlamentar

 

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