Foto: Gustavo Bezerra
Nesta quarta-feira (6), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal debate o episódio, classificado como “um atentado ao Estado Democrático de Direito e um verdadeiro retrocesso no processo democrático brasileiro”, de acordo com os autores do requerimento, o senador Paulo Paim (PT-RS) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A audiência pública, que tem o apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, será realizada às 9h, no Plenário 2, Ala Senador Nilo Coelho, Anexo II, do Senado Federal.
Para explicar o massacre cometido pela Polícia paranaense, que deixou mais de 200 pessoas feridas, foram chamados o Governador do Paraná, Beto Richa, o Secretário de Segurança, Francisco Francischini, e o Chefe da Casa Militar, Coronel Adilson Casitas. Também foram convidados o Ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas, o Presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho, o Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schröder, e o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, Hermes Leão.
Na semana passada, professores e manifestantes foram impedidos pela Justiça paranaense de acompanhar a votação do projeto que altera as regras de contribuição de aposentadoria dos servidores estaduais. Houve protestos em frente à Assembleia Legislativa e, embora garantida pela Constituição Federal, o direito à manifestação dos cidadãos foi combatido pela Polícia Militar com o uso de balas de borracha, bombas e gás lacrimogêneo.
Durante os ataques policiais, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi chamado por diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidades sindicais, parlamentares e representantes dos manifestantes para ir até a cidade de Curitiba acompanhar os casos de violência. Pimenta cobrou apuração das responsabilidades e se mostrou preocupado com o excesso de violência. “Curitiba foi transformada em um cenário de guerra. Uma brutalidade absurda, fruto da intransigência de um governo marcado pela falta de diálogo e pela perda de legitimidade”, criticou Paulo Pimenta. Em comunicados à imprensa, o Governador do Paraná, Beto Richa, defendeu a operação policial.
Assessoria da CDH