A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado aprovou, nesta terça-feira (19), o convite ao ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. O ex-ministro foi demitido na noite de ontem (18).
A ideia dos parlamentares é ouvir Bebianno acerca das denúncias de uso de candidaturas laranjas para desvio de recursos eleitorais. O ex-ministro presidiu o PSL, partido de Bolsonaro, e foi o responsável pela divisão dos recursos para as campanhas visando as eleições do último ano.
“É fundamental que a gente possa convidar, trazer [Gustavo Bebianno] para que a sociedade viva o debate em torno da transparência do que tem a dizer o ex-ministro. Como ex-ministro, ele cumpriu uma função e está sob questionamentos caros. E esses questionamentos deram 60 milhões de votos ao atual presidente [da República]”, disse o senador Rogério Carvalho (PT-SE), ao defender a aprovação do convite.
Em resposta ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que defendeu a derrubada do convite após a demissão de Bebianno por ele ter se tornado um cidadão comum após a saída do governo, Paulo Rocha (PT-PA) rebateu o colega afirmando que tem informações importantes pelo papel cumprido durante o período “avassalador” no qual esteve à frente do partido e como membro do governo Bolsonaro.
“O Senado não vive de uma pauta só, submetida ao Executivo. O Senado está submetido à pauta da sociedade. Não podemos abrir mão [do convite] e postergar [o processo] para que não cumpramos nosso papel de fiscalizador dos atos de governo; [fazer isso] é deixarmos de cumprir nosso papel constitucional. É bom para a sociedade que se esclareça o que ocorreu nesse período e o papel do Bebianno”, destacou o senador Paulo Rocha.
Ainda não foi definida a data da audiência pública com Gustavo Bebianno.
Por PT no Senado