Blindados que atravessam rios, cargueiros feitos para pousarem nos terrenos mais difíceis ou submarinos movidos à energia nuclear. Esses são os investimentos realizados atualmente pelo governo federal nas Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) em projetos de alta tecnologia, com o objetivo de garantir a soberania e defender os interesses do País, como o pré-sal. Na semana em que se comemora a Independência do Brasil, o Blog do Planalto começou uma série de matérias especiais sobre a modernização das Forças Armadas no Brasil.
O orçamento do Ministério da Defesa em 2013 foi de R$ 78,8 bilhões, o quarto maior do governo. Grandes projetos em desenvolvimento prometem ampliar a capacidade brasileira de defesa. O Exército está investindo no projeto Guarani, um blindado de combate anfíbio e o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. A Aeronáutica decidiu recentemente pela compra dos caças suecos Gripen NG e está investindo na construção dos cargueiros KC-390.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o investimento nas Forças Armadas reflete o compromisso dos governos petistas com a defesa do País. “Esses investimentos são importantíssimos porque, inclusive, várias inovações e avanços tecnológicos nessa área poderão ser transformados em outros produtos para beneficio da sociedade. E também demonstra o compromisso dos governos Lula e Dilma com a defesa do País”, afirmou.
Marinha – Com quase 10 mil km de costa, o Brasil possui um dos maiores litorais do mundo. Diante dessa grande responsabilidade, a Marinha investe em projetos para manter o controle na chamada “Amazônia Azul”, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados de mar, correspondente, em tamanho, à Amazônia terrestre.
O Capitão de mar e guerra, Paulo Volpini, destaca, entre os projetos importantes para o futuro do setor, o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), um conjunto de sistemas para ampliar a capacidade de monitoramento das águas brasileiras.
“Esse é um sistema que tem um emprego dual, ele serve tanto para o emprego militar, quanto para utilidades civis, como meteorologia, monitoramento da poluição, serve para vigilância de combate ao tráfico de drogas, roubo armado, repressão ao contrabando”, explicou Volpini.
Outro destaque é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Com esse propósito, Brasil e França firmaram, em 2008, acordo de cooperação e transferência de tecnologia que deu início ao programa, que viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e de mais quatro submarinos convencionais (diesel-elétrico). Além disso, serão construídos um estaleiro e uma base naval.
Em 2013, a presidenta Dilma Rousseff inaugurou estaleiro em Itaguaí, onde está sendo construído o primeiro submarino convencional do programa. O valor total do projeto é de R$ 31,1 bilhões e, além de criar empregos, representa uma mudança de paradigma na Marinha brasileira.
Heber Carvalho com Blog do Planalto