Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria, com seis votos, para encaminhar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer para a Câmara dos Deputados. Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli e Luiz Fux acompanharam o entendimento do relator do caso, Edson Fachin, que não atendeu ao pedido da defesa do presidente. Após o voto de Gilmar Mendes, a favor da defesa, o julgamento foi suspenso pela presidente do STF, Cármen Lúcia, e deverá ser retomado na sessão desta quinta-feira (21).
No último dia 11, o então procurador-geral da República Rodrigo Janot, ofereceu denúncia sobre o presidente golpista. O presidente, junto a deputados do PMDB na Câmara e ministros de seu partido, teriam recebido R$ 587 milhões em propina de órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Ministério da Integração Nacional, Caixa Econômica Federal, Secretaria de Aviação Civil, Ministério da Agricultura e até mesmo a Câmara dos Deputados.
Para os deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), a segunda denúncia contra o presidente golpista Michel Temer (PMDB) terá mais chance de ser aceita na Câmara dos Deputados do que a primeira.
Para Damous, há elementos indiciários muito fortes, como detalhes de negociações para a compra de deputados a favor do impeachment, por exemplo. “A Câmara, se quiser cumprir o seu papel Constitucional, deve aceitar a denúncia”, disse ele.
Segundo Pimenta, a possível delação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na última semana, deve dar ainda mais detalhes sobre a atuação criminosa do presidente golpista. “O que deixará absolutamente insustentável a permanência desse grupo criminoso no Palácio do Planalto”, disse.
PT na Câmara com Agência PT de Notícias