Ruptura democrática possibilita que “vozes das trevas” se imponham, alerta Erika

Erika Salu

A deputada Erika Kokay (PT-DF) reafirmou nesta terça-feira (19), na Tribuna, que a aprovação do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff foi um golpe contra a democracia, mas disse que a democracia não será derrotada. “A democracia é como um rio que corre para o mar e que não se pode impedi-lo! Aqueles que acham que derrotaram a democracia, que a enterraram, ela é semente. E a semente brota do chão! E a semente cria frutos e flores. E a semente vai se espraiar por todo o Brasil. Viva a democracia!”.

Erika Kokay lembrou que a democracia é um bem a ser preservado e não pode sofrer rupturas.  “Estas rupturas democráticas possibilitam que as vozes das trevas, que as vozes fascistas se imponham. Tanto é assim que agora já se diz àqueles que articularam o golpe no domingo que é preciso anistiar Eduardo Cunha, esquecer o que ele fez, esquecer o processo contra Cunha no Conselho de Ética”.

Para a deputada, “o fascismo mostra a sua cara, o fascismo mostra as suas garras! As garras daqueles que disseram que havia de se combater a corrupção, mas aplaudem o corrupto como aplaudem o torturador.  Aplaudem o torturador, aquele que fez uma ode à tortura e uma apologia à tortura para todo o Brasil assistir foi aplaudido nesta Casa, foi aplaudido!”, disse a deputada Erika Kokay, ao lembrar o discurso do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que durante a votação prestou homenagem ao coronel Ustra, considerado  um dos maiores torturadores da Ditadura Militar no país.

A deputada Erika Kokay também citou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barboza que utilizou, nesta segunda-feira (18), seu perfil no Twitter para desabafar sobre seu descontentamento com o teor dos votos dos deputados no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “É de chorar de vergonha! Simplesmente patético!”, afirmou o ex-ministro.

De acordo com Erika, as palavras de Joaquim Barbosa são extremamente sábias. Mas, seguramente  não terão o aplauso, como teve o aplauso Joaquim Barbosa quando estava coordenando a Ação ou era o relator da Ação nº 470. Hoje, seguramente, receberá os apupos dos golpistas e fascistas, porque não vão concordar com o que disse Joaquim Barbosa, que era de chorar de vergonha do que foi palco esta Casa no último domingo. Esse festival macabro das forças que se articulavam e que deixavam sobre as frestas da democracia aparecer sua verdadeira face: a face de retirada de direitos, a face de se permitir neste País uma liberdade, uma liberdade!”

Por isso, disse também a deputada Erika Kokay,  “não quero e não estarei do lado dos que se sentiram vitoriosos, porque esta vitória foi uma vitória contra a democracia, contra o Brasil”, afirmou.

Gizele Benitz
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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www.flickr.com/ptnacamara

 

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