Amigos e amigas de Mato Grosso, é fundamental que cada um e cada uma fique atento a esta semana de trabalho na Câmara dos Deputados. A presidência da Casa pautou para votação no plenário, a Medida Provisória 1.031/2021. Trata-se de uma MP lesa pátria, pois pretende privatizar a preço de banana, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, a quinta maior do mundo, e entregar a soberania energética e hídrica nacional, ao capital privado estrangeiro.
Ao contrário do que prega o governo, a Eletrobrás é uma empresa sólida e lucrativa. A empresa possui 233 usinas hidrelétricas, que produzem praticamente um terço da energia consumida no Brasil, com 70 mil quilômetros de linhas de transmissão, que representa metade das linhas do País.
A Eletrobrás é responsável por garantir o armazenamento de 50% da água utilizada na geração de energia do País, sendo, portanto, a maior gestora das bacias hidrográficas do Brasil. Entregar nossas reservas hídricas à gestão estrangeria é entregar nossa soberania sobre nossa água.
O governo pretende arrecadar irrisórios R$ 25 bilhões com a privatização da Eletrobrás, o que parece uma piada de mal gosto, já que a empresa lucrou R$ 30 bilhões, nos últimos três anos. Somente o parque gerador elétrico instalado da Eletrobrás está avaliado em R$ 370 bilhões.
O povo brasileiro e mato-grossense não pode aceitar mais esse Golpe contra os recursos naturais do Brasil. A entrega ao mercado estrangeiro de nossa energia e de nossos recursos hídricos é mais um crime de lesa pátria, que o Congresso não pode aprovar. Chega de entreguismo! Chega de privataria!
As empresas geradoras de energia de países desenvolvidos são estatais. Na China as geradoras são estatais; nos Estados Unidos, 75% das geradoras são controladas pelo governo; e no Canadá as geradoras também são estatais.
Então porque o atual governo do Brasil quer privatizar a Eletrobrás? Porque esse desgoverno Bolsonaro não possui um projeto nacional de desenvolvimento. Porque sua prática é da entrega de nossas riquezas para que outros países lucrem, em detrimento do nosso povo, que caso a Eletrobras seja privatizada passará a pagar tarifas cada vez mais caras e sem nenhuma segurança.
É importante ressaltar que as instalações da Eletrobrás são estratégicas para o País e consideradas de segurança nacional. A má gestão da empresa pode ocasionar acidentes em barragens e apagões, como ocorreu no final de 2020 no Amapá. O apagão no Amapá ocorreu após incêndio em uma subestação de energia, má administrada pela empresa privada responsável pela distribuição elétrica no Estado.
O Sistema Elétrico Interligado do País, com seus 70 mil quilômetros de linhas de transmissão geridas pela Eletrobrás é um dos mais seguros do mundo. Privatizar a empresa é jogar todo esse sistema no risco de produzir apagões como os do Amapá, por todo o território nacional.
Ademais, programas como o Luz para Todos, que levou energia elétrica para a zona rural brasileira de forma gratuita, não poderão ser realizados novamente. Isso porque empresa privada quer lucro e jamais levaria energia gratuita a residências de famílias humildes da zona rural ou em localidades remotas.
Pelos motivos expostos conclamo a todos/as os/as mato-grossenses:
Diga Não à privatização da Eletrobrás!
Diga Não à entrega da maior empresa de energia elétrica da América Latina e quinta do mundo!
Diga Não à entrega de nossa soberania energética e dos nossos reservatórios hídricos ao capital estrangeiro!
Diga Não ao aumento da tarifa da conta de luz!
Somemos todos e todas na luta contra a entrega da Eletrobrás!
Como deputada federal estou na luta contra essa famigerada MP 1.031/2021. Meu voto é Não, mas precisamos de mais votos Não!
É hora de conversarmos com todos os deputados e deputadas, para que também votem Não! Não à privatização da Eletrobrás!
Professora Rosa Neide é deputada federal (PT-MT