O deputado Rogério Correia (PT-MG) solicitou na manhã desta segunda-feira (15) a retenção do passaporte do coordenador da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol. O pedido foi protocolado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, mesmo colegiado que convidou Dallagnol para explicar as denúncias da “Vaza Jato” de uso político da operação e de conluio para condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Neste momento em que se agravam as acusações contra ele e seu parceiro Sérgio Moro (ex-juiz e ministro da Justiça), é importante termos a garantia de que ele não poderá deixar o País, como aliás fez este fim de semana o próprio Moro, viajando aos EUA”, argumentou Rogério Correia.
Em reportagem de capa na edição de ontem (14), a Folha de S. Paulo informa que Dallagnol criou plano para lucrar com imagem da operação Lava Jato. Em mensagens trocadas com vários interlocutores, o procurador da República demonstrou intenção de criar empresa de fachada com a mulher, além de pagar propinas a comissões de formaturas e agenciar palestras para associações que representavam empresas investigadas pela Lava Jato.
Cachê
O parlamentar do PT mineiro aproveitou para criticou Dallagonol, que optou por não comparecer às audiências a que foi convidado, sem apresentar justificativa plausível. “Dallagnol se recusa a vir à Câmara dar explicações sobre as denúncias. E se inventarmos e dissermos a ele que tem cachê? Será que assim ele vai?”, provocou.
Para Rogério Correia a decisão do coordenador da Lava Jato de não vir à Câmara, mas responder a órgãos de comunicação, como o Estadão, é, no mínimo, “uma afronta à democracia”.
Assessoria Parlamentar