Renato Freitas sofre “revista aleatória” dentro de aeronave, e Reginete Bispo denuncia crime de racismo

Deputado Renato vítima de crime de racismo. Foto: CMC/Divulgação

O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) foi submetido a uma “inspeção aleatória” feita pela Polícia Federal quando ele já estava embarcado em uma aeronave no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Ele foi retirado do avião e passou por uma revista pessoal e em sua bagagem de mão realizada por um funcionário da companhia aérea Azul. A atitude da PF foi criticada pela deputada Reginete Bispo (PT-RS), na tribuna da Câmara, na manhã desta quinta-feira (11).

Deputada Reginete Bispo. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

“Infelizmente, eu subo a esta tribuna mais uma vez para denunciar os crimes de racismo que acontecem neste País. Agora, neste último período, dentro das companhias aéreas, nos aeroportos, virou moda a população negra ser percebida. Aqui, refiro-me ao que aconteceu ontem com o nosso colega deputado estadual Renato Freitas, do Paraná, que foi abordado dentro do voo. Segundo a Polícia Federal, aquela foi uma abordagem aleatória. Depois de ter passado por detector de metais, de ter a bagagem de mão passada por raios-X, foi tirado de dentro do voo e revistado pela Polícia Federal”, protestou.

Vídeo mostra abordagem

Renato Freitas publicou nessa quarta-feira (10) um vídeo mostrando a abordagem sofrida por ele na semana passada. O deputado filmou a sua saída do avião:

“Não sei o que está acontecendo, estou no avião, a Polícia Federal parou o voo e está querendo, me chamando, parece que sou suspeito de alguma coisa, quero saber do quê”, diz ele durante a filmagem, quando também conversa com um agente da PF. O agente questiona se ele é deputado e se sabe como funciona o procedimento. Em seguida, o policial informa a ele que “quando o sistema pede para fazer tem que ser feito na mochila da pessoa e na pessoa, entendeu? Isso é feito o dia inteiro aqui”.

Renato Freitas retornou ao interior da aeronave, acusou a PF de racismo e afirmou que se sentiu humilhado com a ação, ao ser perguntado por uma passageira se estava tudo bem. “Tirando o fato de ser humilhado. Quantas pessoas desse voo saíram escoltadas pela PF para serem revistadas?”, questionou ele.

Solidariedade

A deputada Reginete Bispo, ao manifestar solidariedade ao deputado Renato Freitas, que tem sofrido reiteradas vezes crime de racismo, citou que recentemente, a pesquisadora da Fiocruz Samantha Vitena também passou por constrangimento semelhante em um voo da companhia Gol. “Então, isso comprova que o racismo no Brasil não acontece só com o pobre favelado, basta ter a pele escura. Não se respeita um parlamentar, não se respeita uma pesquisadora. Por isso, eu subo a esta tribuna para fazer um apelo para as companhias aéreas preparem a sua tripulação, seus funcionários, para não cometerem esse tipo de crime, crime de racismo, contra os usuários dessas empresas aéreas. Também faço o apelo para que a Polícia Federal prepare seus agentes, para não fazerem esse tipo de crime de humilhação, de racismo, sobretudo, com um parlamentar”.

“Basta de ódio!”, pediu a deputada,  alertando que, “se foi naturalizado neste País a violência explícita contra a população, contra as minorias, contra o povo negro, nós queremos dizer que somos contra e estamos trabalhando para acabar com isso”.  Ela explicou que todo o trabalho, todo o esforço, é contra a intolerância, contra o ódio, contra o racismo que, infelizmente, foi naturalizado neste País.

“Sigamos firmes. Estamos fiscalizando, controlando e pedimos também que a Polícia Federal, o Ministério da Justiça e o Ministério Público investiguem essas ações arbitrárias que estão acontecendo nos aeroportos”.

Na rede social

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pelo Twitter, manifestou solidariedade a Renato Freitas e também estranhou a “escolha aleatória” do deputado.

Outras lideranças políticas do PT também manifestaram apoio a Renato Freitas, como a deputada estadual Laura Sito, do Rio Grande do Sul, que classificou o ocorrido como racismo e lembrou da importância de um protocolo antirracista.

A Polícia Federal informou que apura o caso e disse que Freitas se recusou a passar pelo procedimento no aeroporto, porém a assessoria do deputado rebateu a versão, revelando que ele não se recusou a fazer a inspeção, e que a segurança responsável teria deixado ele “falando sozinho”.

“O deixou falando sozinho quando disse que chamaria a PF. Passados alguns minutos e ninguém apareceu, o deputado se dirigiu ao avião de forma natural e tranquila, uma vez que não havia nada de ilícito com ele e quem acabou se recusando em fazer a revista foi a segurança do aeroporto”, afirma a nota.

Redação do PT na Câmara, com PT Nacional

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100