Reginaldo Lopes lembra do Movimento da Legalidade e afirma que haverá resistência ao golpismo de Bolsonaro

Deputado Reginaldo Lopes. Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) lembrou, em plenário, nesta quarta-feira (25), o Movimento da Legalidade, que está completando 60 anos. “Foi um movimento liderado por Leonel de Moura Brizola, que resistiu ao golpe, que partiu da elite brasileira daquele momento que queria evitar a posse do presidente eleito João Goulart. Esse Movimento foi fundamental para garantir a legalidade, para garantir o Estado de Direito”, afirmou.

Naquele momento, contou Reginaldo Lopes, houve uma instituição também muito importante na resistência, que lidera atores que são sempre vanguarda nas grandes transformações do País, que são os estudantes. “A sua entidade mais reconhecida, que é a União Nacional dos Estudantes, cuja posse da nova Diretoria teremos hoje, teve um ato também muito importante de transferir a sua sede para Porto Alegre para resistir àquele movimento golpista contra o presidente legitimamente eleito João Goulart”, citou.

Na avaliação do deputado Reginaldo Lopes, isso tem muito a ver com a nossa atual conjuntura. “Nós temos um presidente da República incapaz, irresponsável, que não tem nenhuma empatia pelo nosso povo. Estamos há quase 2 anos em pandemia, e ele nem sequer visitou um hospital ou agradeceu aos profissionais da área da saúde. Pelo contrário, ontem (24) ele recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra o direito à indenização desses profissionais, uma indenização que jamais vai reparar esses danos, porque é impossível repará-los. Muitos perderam a própria vida, lutando na linha de frente para salvar os nossos compatriotas”, afirmou.

O deputado se refere ao projeto de lei de sua autoria e da deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS) que se transformou na Lei 14.128/21, que garante indenização às famílias de profissionais de saúde enlutadas pela Covid.

Golpe de Bolsonaro

Reginaldo Lopes denunciou ainda que o presidente Bolsonaro pensa em organizar um golpe no País, “pensa em destruir a nossa democracia, não tem compromisso com o Brasil e com os inimigos – que eu chamo de inimigos concretos do povo brasileiro – que são, na verdade, o desemprego, a carestia, o preço dos alimentos, a inflação para os mais pobres”. O deputado destacou que para alguns alimentos, a inflação já passou da casa dos 60% só no ano de 2021.

Portanto, pediu Reginaldo Lopes, nós precisamos nos lembrar da nossa história, “porque vamos resistir a isso”. Ele afirmou que o Brasil precisa de mudanças profundas. “É por isso que exercemos aqui a nossa atividade parlamentar, na esperança de construir uma nova perspectiva para o País, e eu espero que esta Câmara dos Deputados possa pautar projetos importantes, propostas que poderão ajudar inclusive o governo. Acho que é fundamental taxar lucros e dividendos, liberar, por exemplo, a folha de pagamento das empresas, liberar o capital produtivo. Nós temos que permitir novos investimentos e, cada vez mais, fazer um sistema tributário mais justo”, defendeu.

Reginaldo Lopes reforçou que está no Parlamento para seguir na luta por um País cada vez melhor, mais democrático e que possa promover uma grande transformação social, uma inclusão social. “E a grande independência deste País, sinceramente, se dará com o novo sistema tributário mais progressivo, que desloca a tributação do consumo, a tributação da folha de pagamento do capital produtivo para o capital especulativo, para a renda e o patrimônio”, afirmou.

Vânia Rodrigues

 

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