O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) manifestou em plenário, nesta terça-feira (28), estranheza pelo fato de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, ter participado de reunião hoje, no Palácio do Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro para estabelecer um pacto pelas reformas. “Eu acho que isso não cabe ao Supremo Tribunal Federal. A Suprema Corte é a guardiã dos direitos, da Constituição, da cidadania do povo brasileiro”, criticou. Na avaliação do deputado, o Brasil precisa é de uma agenda econômica.
O deputado alertou que o Brasil não aguenta esperar a próxima eleição presidencial, por causa da condição econômica. “Nós estamos caminhando para uma convulsão social. A quebradeira dos municípios e dos estados está caminhando para um colapso dos serviços públicos”, lamentou.
Mas, na avaliação do deputado, o normal de um governo preocupado com o País era chamar a sociedade para o debate. “O mais legítimo é o debate com o Congresso Nacional, que representa a sociedade, e com os governadores”, frisou.
Reginaldo Lopes defende uma agenda política que revogue a Emenda Constitucional nº 95, que congelou os gastos/investimentos públicos por 20 anos. “Precisamos de um programa de obras públicas capaz de induzir a retomada do crescimento econômico, gerando emprego e arrecadação, ou seja, uma agenda diferente da que o governo Bolsonaro propõe, que é a retirada de dinheiro de idosos da Previdência e a colocação de todo o futuro do Brasil numa única pauta, numa única música: a Reforma da Previdência”.
O deputado concluiu reforçando que, por toda essa conjuntura, achou muito estranho o encontro de Bolsonaro com Toffoli. “Respeito o Supremo Tribunal Federal, em especial depois das manifestações do último domingo (26), que, na minha opinião, tiveram uma pauta extremamente contra as instituições, puxadas por parte dos apoiadores do presidente Bolsonaro”.
Vânia Rodrigues