Nesta sexta-feira (20), o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), reuniu-se na Câmara dos Deputados, com representantes de entidades e instituições que defendem o patrimônio público, cultural e artístico do Brasil, a fim de avaliar os estragos causados pelos terroristas bolsonaristas no dia 8 de janeiro.
A visita começou pela sala da liderança do Partido dos Trabalhadores. No local, os visitantes conheceram os espaços destruídos pelos bolsonaristas. Através das imagens disponibilizadas pela Casa, os vândalos invadiram a liderança pela parte externa até alcançar a sala do líder petista. Os terroristas quebraram os vidros, computadores, TV e colocaram fogo em todos os quadros que estavam expostos nas paredes. Na copa, quebraram o forno elétrico e o micro-ondas comprados pelos colaboradores do PT. Os reparos materiais na sala do partido já começaram a ser repostos. Segundo o líder, no dia 30 de janeiro haverá a reinauguração da liderança.
Punições
Reginaldo Lopes defendeu a criação de leis com punições severas para quem ataca a democracia e o patrimônio público, como a inelegibilidade eleitoral e punição financeira. “Se a pessoa ataca a democracia, ataca os três poderes, ela não deve participar da vida democrática brasileira”.
Para o líder do PT, os ataques do dia 8 foram “muito graves, emblemáticos e simbólicos”. E emendou: “Os atos terroristas praticados contra o Palácio da Alvorada, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional foram pensados e arquitetados muito antes”, avaliou Reginaldo Lopes.
Reparo aos bens materiais
Também participaram da reunião funcionários responsáveis pelo Museu e pelo departamento técnico do patrimônio edificado da Câmara dos Deputados. Danilo Mattoso mostrou as plantas com os levantamentos de todos os estragos que foram feitos nas instalações da Casa. Mais de 250 vidros terão que ser trocados, por exemplo. A visita técnica seguiu para o salão verde e outras instalações atingidas.
Estiveram presentes durante a visitação representantes da Associação Nacional de História – ANPUH; Coletivo de ex-Trabalhadores do Iphan – Pro-Iphan; Comitê Brasileiro de História da Arte – CBHA; Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro – Fedpcb; Instituto Federal de Brasília – IFB e da Universidade de Brasília – UnB.
As instituições compõem o Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro criado em outubro de 2019. O colegiado reúne entidades e coletivos da sociedade civil para fomentar a mobilização contra os ataques promovidos contra o Iphan e o Patrimônio Cultural Brasileiro.
Lorena Vale