Foto: Gustavo Bezerra
“Se não houver mobilização, não haverá reforma política ”. Esta é a avaliação do líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), ao elogiar a decisão tomada pelo Diretório Nacional do partido em reunião realizada na sexta-feira (12), em São Paulo, de promover a coleta de 1,5 milhão de assinaturas e apresentar um projeto de lei de iniciativa popular para a reforma política. A “Campanha Nacional pela Reforma Política”, definida pelo diretório, defenderá financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais, voto em listas fechadas nas eleições proporcionais e paridade entre homens e mulheres nessas listas.
“A proposta de reforma política é necessária ao país e encontra enormes dificuldades de passar no Congresso Nacional. Precisamos mobilizar a sociedade”, disse o líder do PT. Para Guimarães, “existe uma força conservadora no Congresso que não quer a reforma, por isso, precisamos fazer com que a sociedade se mobilize”, afirmou.
Além desses pontos, Guimarães também destacou o fortalecimento dos mecanismos de participação popular como plebiscito e referendo, a fidelidade partidária e a instalação de uma Constituinte exclusiva para debater a reforma. “Esses pontos são centrais para fazer uma reforma que dê conta da moralização do sistema eleitoral brasileiro”.
Campanha – Uma campanha publicitária já está sendo elaborada e as peças deverão ser apresentadas nos próximos dias. Serão realizados quatro grandes eventos de adesão no Rio de Janeiro, em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, além de atos em outros estados. Um desses eventos está programado para esta terça-feira (16), na festa de aniversário do Sindicato dos Bancários de São Paulo, com a presença confirmada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O prazo para o fim da coleta de assinaturas, que serão coletadas em universidade e praças, será fevereiro de 2014, por ocasião do 5° Congresso do partido.
Jonas Tolocka
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