Nesta terça-feira (5) foi realizado na Câmara dos Deputados um debate da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Social Rural. A reunião foi presidida pelo deputado Bohn Gass (PT-RS), que criticou os desmontes que o desgoverno de Michel Temer vem realizando no país, como a reforma Trabalhista e, agora, a reforma da Previdência. O deputado defendeu a mobilização dos trabalhadores para que a reforma não seja votada. “Se a matéria não obter votos suficientes para a sua aprovação nessa semana, ou na semana que vem, não haverá possibilidade de votá-la em 2018. É isso que nós queremos. A reforma não passará”, afirmou. O debate contou com a presença de parlamentares e representantes de organizações rurais.
“Ninguém pode perder a sua aposentadoria, muito menos o trabalhador rural. Esta reforma significa a destruição de direitos dos trabalhadores rurais. Temos que garantir a continuidade dos direitos já existentes, não podemos permitir a retirada de direitos dessa categoria”, enfatizou Bohn Gass.
Segundo a deputada Margarida Salomão (PT-MG), presente no debate, depois de todas as maldades e atrocidades feitas pelo golpe, o desgoverno de Michel Temer quer votar a todo custo a reforma da Previdência. “ Depois de destruir o direito dos trabalhadores com a reforma Trabalhista, agora querem passar a reforma da Previdência a todo custo, esse é o grande troféu que Temer está devendo a seus patrocinadores”, lamentou.
O deputado Marco Maia (PT-RS) explicou que é uma ilusão pensar que os agricultores estão fora do projeto do golpista Michel Temer e de sua turma, quando o assunto é reforma da Previdência. “A intenção dessa máfia é votar a primeira parte da PEC (287/17) e depois transformar o restante em projetos de lei e medidas provisórias. Eles insistem em dizer que os agricultores estão fora dessa reforma, mas quando votarem para os trabalhadores da iniciativa privada e do setor público, será votado também para os agricultores”, alertou. O parlamentar lembrou que o objetivo da reforma é dividir trabalhadores do campo e da cidade, e separar trabalhadores do setor público e privado.
Para Frei Sérgio, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), essa reforma vem sustentada sem base ética e agride os direitos de todos os trabalhadores, sejam do campo ou da cidade, que foram conquistados ao longo dos anos. “ Esse desgoverno, além de dizer que os camponeses e agricultores sugam sem produzir nada, insiste em dizer que a previdência não possui sustentabilidade econômica mas, hoje, esse governo retira 30% do Orçamento para custear despesas da sua base aliada e, mesmo assim, quer mexer em nossos direitos”, explicou.
O deputado Adelmo Leão (PT-MG) também participou da reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Social Rural, onde detalhou vários exemplos de perda direitos para os trabalhadores rurais, caso a reforma seja aprovada.
Layla Andrade