“Reduzir pagamentos de juros e reservas internacionais disponibilizam R$ 457 bi para saúde e economia”, diz José Ricardo

Um levantamento recente feito pelo deputado federal José Ricardo (PT-AM) e sua assessoria apontam que, ao contrário do que vem sendo propagado pelo governo federal, o Brasil teria hoje R$ 457 bilhões para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 (vírus que causa a doença) e os impactos econômicos que o País enfrenta, em decorrência da Covid–19. De acordo com o parlamentar, que desde o início da crise sanitária vem apresentando propostas e sugestões à Presidência da República para o combate à pandemia, esse recurso seria oriundo de emendas parlamentares, taxação de grandes fortunas e reservas internacionais que, totalizados, ultrapassam o valor estimado para enfrentar o SARS-CoV-2, que é na ordem de R$ 400 bilhões.

Dentre as propostas, José Ricardo defende a utilização dos recursos destinados para o refinanciamento da dívida externa e interna, que hoje chegam a R$ R$ 917 bilhões por ano. “Se pegarmos somente 20% desse valor, seriam R$ 183,4 bilhões que podem ser investidos para garantir os salários dos desempregados e dos que vivem na informalidade, para que continuem em casa nesse período crítico da pandemia. Ou para complementação salarial e manutenção de emprego e renda daqueles trabalhadores que, em função da Covid-19, estão em isolamento social ou de quarentena. Só esse recurso já seria a metade do que o País precisa para combater os impactos econômicos da doença e a pandemia”, destacou.

A taxação sobre as grandes fortunas é outra fonte de recursos que o parlamentar e o PT já defendem há muito tempo, mas que agora é mais do que necessária para conter a pandemia de Coronavírus e seus impactos sobre a economia. Segundo o presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Charles Alcântara, no Brasil existem 206 bilionários que acumulam uma fortuna de aproximadamente R$ 1,2 trilhão. Se o País criasse um imposto de apenas 3% por ano sobre a renda desses bilionários, seria possível arrecadar R$ 36 bilhões anuais, valor superior ao orçamento de um ano de todo o programa Bolsa Família. Se o País taxasse o patrimônio bilionários das famílias em apenas 1%, a arrecadação seria de R$ 80 bilhões. Sendo assim, seriam R$ 36 bilhões cobrados sobre a renda dos 206 bilionários, somados aos R$ 80 bilhões cobrados sobre o patrimônio, teríamos um total de R$ 116 bilhões. Quase a metade do que se precisa para combater a crise e investir na área da saúde. “Esse valor não iria impactar na vida desses bilionários e ajudaria o País”, frisou José Ricardo.

Reservas

O País também pode direcionar, conforme José Ricardo, R$ 150 bilhões das reservas internacionais, cujo montante hoje está em US$ 367 bilhões de dólares, equivalente a mais de R$ 1,7 trilhão. E ainda tem mais de R$ 8 bilhões em emendas parlamentares para a saúde que ajudariam na regularidade sanitária e econômica do País. “Então, como vemos, os recursos disponíveis somam mais de R$ 450 bilhões, maior até do que o estimado. Portanto, se o governo Bolsonaro tiver vontade política e sabedoria poderá enfrentar essa crise sanitária e econômica muito bem, diminuindo os impactos e prejuízos para a população. Basta pensar um pouco mais nos mais pobres, que são os que mais sofrem em momentos de crises. E fortalecer a saúde pública com equipamentos, mais estruturas, valorização e segurança para os profissionais da área”, recomendou.

Assessoria de Comunicação

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