O Brasil tem registrado sucessivos recordes nos casos de mortes em decorrência da Covid-19 e tem vivido a pior fase da pandemia. De acordo com reportagem publicada pelo portal Metrópoles, nesta terça-feira (19), nos últimos cinco dias, a cada 100 óbitos por Covid-19 no mundo, pelo menos 22 foram registrados no Brasil. Com os 1.057 óbitos notificados na última segunda-feira (15), por exemplo, o país completa 22 dias seguidos com média móvel acima de mil.
Além disso, há mais de uma semana, o País está à frente dos Estados Unidos na média móvel de mortes, o que não acontecia desde 1º de outubro de 2020. Os dados divulgados fazem parte de um levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos relatórios do Our World in Data, que acompanha diariamente o avanço do novo coronavírus no Brasil e no mundo.
Para que o País saia dessa crise e diminua as mortes, o ex-ministro da Saúde, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), afirmou que é preciso pressionar e obrigar que o governo federal compre as vacinas oferecidas, além de ter a diminuição de circulação nas cidades e regiões em que a saúde esteja com mais de 75% dos leitos de UTI ocupados para a Covid-19. “Essas ações precisam ser rápidas e enérgicas para a redução do número de casos. Ou teremos vários colapsos desses sistemas de saúde e o surgimento e multiplicação de variantes mais graves”.
O ex-ministro, que também é médico, destacou que a Bancada do PT na Câmara aprovou medida para que os governadores e prefeitos possam comprar as vacinas caso o presidente Jair Bolsonaro não as compre. “Quer salvar vidas? Vacina, já! Quer recuperar a economia? Vacina, já! Não quer lockdown? Vacina, já!”, ressaltou Padilha.
Pior semana da pandemia
Na última semana, entre os dias 7 e 13 de março, o Ministério da Saúde registrou a semana mais mortal e mais infecciosa desde o início da pandemia no Brasil.
Foram identificados, nos últimos sete dias, 500.722 novos casos – 18,7% a mais do que o recorde prévio, registrado na semana imediatamente anterior – entre 28 de fevereiro e 6 de março. Em relação aos óbitos, os índices chegaram a 12.777, quase o dobro do que foi contabilizado no pico da primeira onda. Para efeito de comparação, o número é igual ou superior à população de 2.961 municípios brasileiros.
Lorena Vale com Metrópoles