PT vai trabalhar pelo barateamento das campanhas políticas, com teto de gastos

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), afirmou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (4) que a bancada petista quer a votação imediata da reforma política, já a partir desta terça-feira (5), com a análise da proposta (PEC 282/16) que acaba com as coligações e institui a cláusula de desempenho. O líder também destacou que o PT tem posição conhecida sobre o sistema eleitoral e a forma de financiamento, e que por isso não aceita ser coagido a aceitar uma barganha visando aprovar uma proposta com a qual não concorde.

“Nossa posição é caminharmos para a votação, nesta terça-feira, da PEC que estabelece o fim das coligações e a cláusula de barreira, e na próxima semana da que trata do sistema eleitoral e do fundo de financiamento de campanhas (PEC 77/03). O PT vai trabalhar pelo barateamento das campanhas políticas, com teto de gastos e reduzindo o valor do autofinanciamento, evitando que um candidato com milhões de renda invista na própria campanha, desequilibrando a disputa”, defendeu Zarattini.

Sobre a votação prevista para esta terça-feira, o líder petista destacou que o tema é importante para evitar a distorção na representatividade do voto. Segundo ele, as coligações permitem muitas vezes que o eleitor vote em um candidato de um partido e acabe elegendo outro, de uma outra agremiação, com pensamento diferente.

Durante a entrevista o líder deixou claro que o PT não vai obstruir nem criar condicionantes para votar a reforma, mas que também não aceitará ser responsabilizado caso a reforma fracasse por falta de consenso. A observação de Zarattini aconteceu após indagação da imprensa sobre a opinião de outros partidos, que afirmam ser difícil aprovar alterações no sistema eleitoral sem apoio do PT.

“Nosso objetivo é ir a voto. Não há condicionantes da parte do PT. Nós vamos defender as nossas posições. É até um absurdo querer exigir que um partido tenha determinada posição, é antidemocrático”, destacou.

Nos últimos dias, partidos que defendem a adoção do “Distritão” tem declarado- em tom de chantagem- que sem o apoio petista a esse sistema não haverá consenso para votar outras propostas constitucionais. O “Distritão” é historicamente rechaçado pelo PT, que considera mais democrático e representativo a eleição para deputados federais, estaduais e vereadores pelo sistema proporcional.

Héber Carvalho
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara

 

 

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