O Partido dos Trabalhadores vai entrar com uma representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara contra o deputado Eduardo Bolsonaro. O parlamentar do PL de São Paulo tentou agredir fisicamente o deputado Marcon (PT-RS) durante reunião da Comissão do Trabalho, ocorrida na manhã desta quarta-feira (19), e proferiu xingamentos homofóbicos e palavrões contra a honra da mãe do petista. Durante discurso no plenário da Câmara, Marcon anunciou a medida contra o bolsonarista e alertou que o parlamento é um local para o debate de ideias, e não de confrontos físicos e ofensas pessoais.
“Tem deputado aqui que está descontrolado e sem equilíbrio emocional, como é o caso do deputado Eduardo Bolsonaro. Estou no sétimo mandato parlamentar, três como (deputado) estadual e quatro como federal. Durante dois mandatos aqui na Câmara fui líder (da Bancada) do MST e mesmo com lideranças do agronegócio, como Ronaldo Caiado, nunca partimos para a ofensa pessoal ou agressão. Quem me conhece sabe que eu gosto da disputa política, da disputa de ideais, mas baixaria não é comigo. O Partido vai entrar na Comissão de Ética contra esse deputado”, avisou o petista.
Vários parlamentares também manifestaram solidariedade ao deputado Marcon no plenário da Câmara. O Coordenador do Núcleo Agrário, deputado João Daniel (PT-SE), disse que além do apoio ao deputado gaúcho, o colegiado também espera que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, tome providências sobre o ocorrido.
“Em nome do Núcleo Agrário da Bancada do PT, manifesto solidariedade (ao deputado Marcon) e o nosso apelo ao presidente desta Casa, deputado Arthur Lira, para que tome as medidas em respeito ao deputado Marcon sobre a tentativa de agressão física, e as agressões ética e moral deste deputado (Eduardo Bolsonaro). Nesta Casa é preciso ter respeito com o parlamentar”, disse.
Fascismo bolsonarista
Também oriundo das lutas do MST, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) se solidarizou com o deputado Marcon. Ele disse que o ódio e a truculência não vão impedir a luta contra o fascismo bolsonarista.
“Quero prestar minha solidariedade ao deputado Marcon, que foi vítima na Comissão (de Trabalho) da raiva, da ignorância e da truculência bolsonarista. Nós não podemos aceitar isso, essa Casa tem que tomar providências. Nós não vamos nos amedrontar. Vamos enfrentar, assim como enfrentamos Bolsonaro nas urnas, vamos continuar enfrentando nas ruas, nos debates e em todos os lugares”, disse o deputado.
Também manifestaram solidariedade ao deputado Marcon e cobraram punição ao deputado Eduardo Bolsonaro, outros parlamentares do PT.
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Héber Carvalho