A Comissão Nacional de Assuntos Educacionais (Caed) do Partido dos Trabalhadores reuniu-se nesta sexta-feira (15), em Brasília, para analisar a conjuntura atual e o significado da eleição de Jair Bolsonaro para a educação. “Nós estamos traçando estratégias e discutindo possibilidades para que, organizados, façamos uma mobilização de resistência e enfrentamento a essa pauta conservadora que este governo está propondo”, afirmou a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), que participou do seminário, que prossegue neste sábado.
Na avaliação da deputada, o governo Bolsonaro está destruindo tudo o que foi conquistado nos governos Lula e Dilma. “Com o PT a educação construiu, com muitas mãos, uma legislação que é reconhecida e respeitada no mundo inteiro”, destacou. Rosa Neide alertou, no entanto, que desgoverno de Bolsonaro vem propondo a total destruição dessas conquistas realizadas nos governos petistas.
De acordo com a Professora Rosa Neide, tudo que o novo governo fez na medida provisória (MP870/19) e na nova estrutura do Ministério da Educação, não abre espaço para o diálogo e nem para os avanços na educação brasileira. “Portanto, é o momento de resistência, organização, mobilização e justamente por esse motivo a Comissão de Assuntos Educacionais do partido está reunida. Nós vamos propor sempre a resistência aos desmandos do governo Bolsonaro”, afirmou.
Resistência e mobilização
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e a deputada Erika Kokay, presidente do PT-DF, também participaram do encontro que traça estratégias de resistência e mobilização do partido e da sociedade, em defesa e promoção da educação pública. Gleisi afirmou que é preciso defender o legado de Lula como forma de proteger as conquistas obtidas pela população nos últimos anos. “É importante defender o nosso legado em todas as áreas. Daí o porquê ser fundamental a centralidade em Lula. Defender Lula , por ser inocente, é também defender os avanços na educação pública e em diversas outras áreas”, disse.
Erika Kokay argumentou que era preciso elevar o nível de organização com os movimentos sociais, “construir narrativas e disseminar essas narrativas através das redes sociais”, defendeu.
O seminário reuniu ainda representantes das Caeds regionais do PT, dos movimentos estudantil e sindical, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), além de professores universitários e especialistas do setor.
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