Deputados petistas e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacaram nesta quinta-feira o fato de o Banco do Brasil ter retomado a liderança no ranking de instituições financeiras do país em ativos.
Com críticas aos bancos privados, Mantega disse que o ótimo resultado do BB no segundo trimestre mostrou que “é possível fazer política pública e, ao mesmo tempo, contemplar acionistas”. Ele disse ainda que, se não tiverem cuidado, os bancos privados “vão comer poeira”.
O BB voltou a ser a maior instituição financeira do país e ultrapassou o Itaú Unibanco, que registrou em ativos R$ 596,4 bilhões no segundo trimestre. Segundo o balanço do BB divulgado nesta quinta-feira, no segundo trimestre deste ano os ativos totais foram de quase R$ 2,5 bilhões a mais que o Itaú e chegaram a R$ 598,839 bilhões, com crescimento de 43,9% em 12 meses e de 1,2% em relação ao primeiro trimestre de 2009.
Os deputados petistas José Genoíno (SP), Eduardo Valverde (RO) e Geraldo Magela (DF) afirmaram que o fortalecimento da empresas públicas é um dos instrumentos de política econômica que permitiu que o Brasil fosse o último a sofrer os reflexos da crise e que seja um dos primeiros países a reduzi-los. “As próprias manchetes dos jornais destacam que o BB é o maior banco do país, resultado de um papel eficiente e fundamental tanto na disputa de mercado com políticas acertadas como na visão estratégica de fortalecimento do banco”, disse o deputado Genoino.
O deputado Eduardo Valverde ressaltou o papel que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES, o BASA e o Banco do Nordeste desempenham, ao blindarem o País da crise internacional. “As instituições irrigam o mercado de crédito e permitindo o acesso aos recursos por parte de pequenos e microempresários”, avaliou Valverde.
Mercado – Mantega disse ainda que o BB obteve esse crescimento reduzindo as taxas de juros e elevando o volume de crédito. Ele fez um alerta aos bancos privados: se não seguirem o exemplo das instituições públicas e reduzirem seus spreads (diferença entre a captação feita pelo banco o custo dos empréstimos), vão perder mercado. “Eles devem seguir o exemplo, senão vão comer poeira. Não há irresponsabilidade sendo cometida e [o resultado] se dá com padrões de eficiência. É uma lição para os bancos privados”, disse o ministro.
Segundo o deputado Geraldo Magela, o fato de o crédito ao consumo crescer a ponto de ultrapassar os créditos concedidos ao agronegócio, pela primeira vez, demonstra que o Banco do Brasil, “além de ser indutor do desenvolvimento e da superação das desigualdades regionais, é hoje um instrumento fortíssimo de política econômica do governo”, disse.
Gabriela Mascarenhas, com Agências