A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o fator previdenciário foram instituídos na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). Entretanto, hoje, ao praticar uma “oposição irresponsável”, segundo acusam petistas, os tucanos tentam esconder o passado e condenam a adoção das medidas.
Em 1999, o PSDB instituiu o fator previdenciário com a Lei 9.876, após a Reforma da Previdência realizada no ano anterior, para conter os gastos da Previdência Social. A medida utiliza uma fórmula matemática para calcular as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, levando em consideração a expectativa de vida da pessoa.
Hoje, a presidenta Dilma Rousseff propõe mudanças na previdência com a fórmula 85/95. O intuito é praticamente o mesmo: cobrir os prejuízos de décadas da previdência social.
Porém, a tucanada agora promove um discurso contrário à sustentabilidade da previdência, avalia o deputado Leo de Brito (PT-AC).
“Estamos vendo um PSDB agindo com completa irresponsabilidade. Não conseguimos entender porque um partido tenta brigar contra o Brasil. Não é correto tentar enfraquecer a economia só para tentar disputar as próximas eleições. É preciso ter responsabilidade com a questão da previdência social”, afirma. O petista acusa a oposição de “amargar a derrota das urnas” e diz que essa atitude pode acabar prejudicando o povo brasileiro.
“O PSDB permanece inconformado com a soberania popular que elegeu a presidenta. Fica clara a perseguição com a gestão de Dilma na votação dos vetos, na questão do fator previdenciário”, aponta.
Para Brito, os tucanos querem desestabilizar economicamente o País para colocar a culpa no governo PT. “Por isso, estão aprovando pautas que oneram o governo. O lema dos tucanos é apostar no quanto pior, melhor”, ressalta.
O senador Humberto Costa (PT-PE) compartilha do mesmo pensamento. Para ele, a oposição não tem se importado com a situação do País, e defendem o “quanto pior, melhor”.
“Sabemos que vivemos uma crise econômica, que tem origem na crise internacional, mas o mais grave é a crise política. Estão querendo criar uma situação que não prejudica apenas um partido, mas que penaliza todos os brasileiros. Nós não vamos deixar isso acontecer. A oposição precisa ter responsabilidade”, diz o senador.
CPMF – Em relação a proposta de volta da CPMF, a intenção do governo é instituir o imposto por um período determinado, com uma alíquota de 0,2%. Em um ano, a expectativa é arrecadar R$ 32 bilhões. Na gestão de FHC, o tributo foi criado para a área da saúde, mas a ideia agora é reverter para pagar a aposentadoria da previdência social.
O deputado Jorge Solla (PT-BA) critica a postura do PSDB, que tem reclamado o possível retorno da contribuição, visto que os tucanos no passado foram os criadores da contribuição.
Na avaliação de Solla, as pessoas têm receio do tributo, porque a gestão tucana enganou a população na época.
“O PSDB criou o tributo, mas não destinou para a saúde durante todo o período que ficou em vigência. Por causa desse assalto ao contribuinte, a população hoje não acredita que o imposto vai resolver alguma coisa. Chega a ser compreensivo, mas entendemos que é uma contribuição importante, mais democratizada e que deve ser transparente”, enfatizou.
(Portal do PT)
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