Projeto de lei (PL 592/2015) apresentado pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF) e Jean Wyllys (PSOL –RJ), institui no mês de dezembro a realização anual de atividades de enfrentamento ao HIV/AIDS. O projeto foi aprovado anteriormente pela Câmara dos Deputados e acatado pelo Senado Federal nesta quinta-feira (19). Agora segue para sanção presidencial. O objetivo é fomentar atividades direcionadas principalmente à prevenção e à conscientização sobre a epidemia e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Cerca de 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil. Entre elas, 87% já foram diagnosticadas. E destes, 64% estão em tratamento. Entre 1995 e 2015 o número de mortes pela doença diminuiu 42%. Caiu de 9,7 mortes a cada 100 mil habitantes para 5,6.
Os avanços no combate a Aids são claros e tendem a evoluir, com mais tecnologia e conscientização. Entretanto o número de homens portadores do vírus dobrou nos últimos 10 anos, especialmente entre 20 e 24 anos.
No caso das mulheres a queda no número de portadoras do HIV entre 100 mil habitantes foi de 32 para 16, entre 2005 e 2015. Além disso, a luta é para erradicar a transmissão vertical (da mãe para o filho). Atualmente, a taxa é de 2,5 a cada 100 nascidos vivos. A Organização Pan-americana de Saúde considera eliminada a transmissão quando o número é menor ou igual a 2. O país latino-americano que atingiu esse número recentemente foi Cuba.
“Temos tecnologia, pesquisa, medicamentos e outras medidas que têm como finalidade alcançar a erradicação a Aids. No entanto, não podemos nos acomodar. Precisamos intensificar a campanha de prevenção. A luta deve ser constante, e começar dentro das casas e escolas, para que a juventude cresça consciente dos riscos da contração do HIV”, diz o deputado Paulo Teixeira.
(AP)