No lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA) apontou que o modus operandi de parte de membros da operação Lava Jato destruiu a indústria naval, quebrou empresas e deixou um rastro de desemprego.
A declaração do parlamentar foi feita na cerimônia que lotou o plenário 11 da Câmara dos Deputados, em Brasília, na última terça-feira (4) para discutir a retomada dos investimentos no segmento, que se encontra estagnado desde 2016.
“Essa Frente tem um papel muito importante de apoiar a recuperação de uma área que sofreu uma das maiores destruições, logo após o golpe na presidenta Dilma (Rousseff), em 2016, com as medidas tomadas pelas práticas criminosas, já desnudadas, da Lava Jato”, disse Solla.
Estaleiro Enseada
Na ocasião, Solla ilustrou sua fala tomando por base apenas o impacto sofrido nos municípios baianos no entorno do Estaleiro Enseada, erguido pelo consórcio formado pela então Odebrecht (atual Novonor), Kawasaki, OAS e UTC, em São Roque do Paraguaçu.
“Um dos estaleiros que foram destruídos pela Lava Jato no Brasil. Nem chegou a operar. Para quem não sabe, só no Enseada, foram extintos 7.462 empregos diretos, 3.588 deles na cidade de Maragogipe, o equivalente a 75% dos empregos formais naquele município”, elencou.
O parlamentar frisou que a movimentação das obras do estaleiro levou à abertura de 7 mil empresas na região ao redor do estaleiro. “Centenas de jovens foram para o exterior para treinamento de ponta, mas voltaram a praticar a pesca artesanal após a bancarrota”, lamentou.
A título de comparação, Solla lembrou, ainda, de uma visita técnica à sede da fabricante inglesa Rolls Royce, em 2016, quando foi indagado pelos auditores locais como os deputados “permitiram” a destruição das maiores empresas nacionais no decorrer da Lava Jato.
“Fomos entender como o poder local investigava casos de corrupção nas empresas. Lá, os envolvidos são afastados e a empresa segue. Aqui, a articulação para derrubar a presidenta eleita e impedir a volta do presidente Lula precisava destruir a indústria nacional”, condenou.
Por fim, o deputado aproveitou o evento para também convidar os colegas parlamentares para a visita técnica convocada por ele ao estaleiro na Bahia, no próximo dia 18 de agosto, em atendimento ao requerimento feito na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Assessoria de Comunicação do deputado Jorge Solla