Polícia Militar ataca manifestantes que faziam ato contra o golpe na Esplanada

pm espanca mulher2Durante ato de protesto contra o golpe que visa cassar o mandato da presidenta Dilma Rousseff, em Brasília, na noite desta quarta-feira (11), manifestantes foram atacados pela Polícia Militar do Distrito Federal com bombas de efeito moral, gás de pimenta e disparos com balas de borracha efetuados a curta distância. Algumas pessoas chegaram a ser agredidas pelos policiais, que saíram do local onde formavam uma barreira e foram de encontro aos participantes do ato.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) presenciou o episódio e também foi vítima dos efeitos do gás de pimenta. Para o parlamentar, a violência policial foi uma ação truculenta, arbitrária e totalmente desnecessária.

“É um absurdo o que aconteceu numa manifestação tranquila, pacífica, bonita, com grande presença das mulheres, e a polícia do governador Rollemberg, de forma absolutamente desproporcional, não fez o ataque a uma ou outra pessoa, utilizou bombas de efeito moral de dispersão de grupos e atingiu centenas de pessoas. Há muito tempo eu não via numa manifestação uma situação semelhante, as pessoas caindo, perdendo a respiração, algo inusitado e desproporcional”, relatou o deputado, que citou a realização da Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, cujas participantes foram em grande número ao ato na Esplanada.

Pimenta observou que foi bem diferente a conduta da polícia no lado da Esplanada dos Ministérios destinado os poucos manifestantes – cerca de 100 pessoas – favoráveis ao golpe. “O que mais mostra essa postura seletiva que leva à indignação das pessoas é que no outro lado, onde não tem ninguém, apenas carro de som, poder econômico, as pessoas têm livre acesso, não tem aparato policial, uma conduta totalmente distinta dessa repressão absurda que levou pessoas a uma situação de violência e humilhação, principalmente as mulheres, nessa manifestação de luta e resistência”, argumentou o parlamentar gaúcho, que antevê uma repressão forte e sistemática de um eventual governo ilegítimo de Michel Temer.

Segundo organizadores do ato, mais de trinta pessoas tiveram que receber atendimento médico no local e pelo menos três foram encaminhadas a hospitais.

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Rogério Tomaz Jr.
Fotos: Divulgação (quem tiver a autoria, por favor nos informe – [email protected])

 

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