O ex-deputado Tilden Santiago (MG) recebeu homenagem póstuma nesta quinta-feira (3), no plenário da Câmara. A pedido do deputado Rogério Correia (PT-MG), os parlamentares fizeram um minuto de silêncio em respeito à trajetória de vida de Tilden, que faleceu ontem, aos 81 anos, vítima da Covid-19. E o deputado Célio Moura (PT-TO), também da tribuna, lembrou os cinco anos do falecimento de Maria Letícia da Silva, esposa do presidente Lula.
Deputado Rogério Correia. Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Rogério Correia relembrou a trajetória de Tilden Santiago, que exerceu três mandatos na Câmara dos Deputados (de 1991 a 2003) pelo PT. “Ele foi um jornalista nascido aqui em Minas Gerais, em Nova Era, foi preso e torturado durante a ditadura, em que militava na Ação Libertadora Nacional (ALN), do Carlos Marighella. Tilden foi, nessa ocasião, padre-operário. Depois, presidiu o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, foi fundador da CUT, do PT e presidiu o partido em Minas Gerais. Depois, foi embaixador do Brasil em Cuba, no governo Lula. Tilden sempre fez uma opção pelos pobres. Ele era um militante cristão convicto, socialista convicto e também um atleticano apaixonado”, descreveu.
A homenagem, explicou Rogério Correia, é extensiva aos seus familiares. Tilden deixou três filhos, um neto e duas netas. “A saudade nossa do Tilden vai ser muito grande, mas eu tenho certeza de que vamos nos lembrar dele sempre como esse militante generoso, que sempre olhou para os mais pobres deste País, que sempre apresentou e apoiou projetos de lei nesse sentido”.
Marisa Letícia
Célio Moura lembrou que a militante Marisa Letícia foi operária, mãe, avó e foi quem construiu e costurou a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores. “Marisa Letícia, como primeira-dama do Brasil, honrou-nos pela simplicidade, pela humildade, pelo carinho e pela forma como tratava todo o povo brasileiro”.
Deputado Célio Moura. Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Ainda durante a homenagem, o deputado citou que Marisa Letícia foi humilhada pelo então juiz Sergio Mouro, “esse juiz corrupto, que fez com que o Brasil entrasse na sua pior onda, a eleição desse presidente negacionista”, lamentou.
“Portanto, não podemos jamais esquecer esta brasileira que conheceu Lula quando ainda era operário, no chão das fábricas em São Bernardo. O Brasil lembra com muito orgulho desta mulher através das perseguições desses negacionistas, desses homens que até hoje perseguem o presidente Lula, que ajudaram a eleger o presidente Bolsonaro, que colocou como ministro da Justiça justamente esse juiz parcial que perseguiu a família de Lula, que perseguiu a companheira Maria Letícia”, lamentou.
Vânia Rodrigues
Ilustração: Daniel Pxeira
