Piso salarial de 85% das categorias cresce no 1º semestre e petistas destacam sustentabilidade

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Das 328 unidades de negociação analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese), 85% conquistaram aumento real para os pisos salariais no primeiro semestre de 2013, na comparação com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o órgão, que divulgou o dado na última quinta-feira (22), mesmo com um recuo em relação ao quadro registrado em 2012, quando 96,3% das categorias registraram aumento, os dados deste semestre não tiveram um comportamento discrepante em relação ao de anos anteriores, com ganhos reais na maioria absoluta das áreas.

Na opinião do deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, o patamar histórico de baixo desemprego e os dados específicos do Dieese e de outras instituições atestam o acerto da política econômica do governo Dilma Rousseff. “O Brasil possui uma torcida organizada contrária aos nossos avanços, que potencializa eventuais dados negativos por conta da eleição de 2014, mas a realidade mostra cada vez mais a nossa força econômica e comprova os acertos dos governos Lula e Dilma ao apostarem no nosso futuro”, afirmou Vargas, referindo-se aos oposicionistas que torceram pelo aumento da inflação, reclamaram do dólar baixo e  agora do dólar alto, entre outros itens da “torcida contrária”.

O deputado Pedro Uczai (PT-SC) concorda com André Vargas e destaca que a população tem ido às ruas para cobrar outros direitos e não emprego. “A realidade que estamos vivendo hoje é totalmente diferente do que a grande mídia quer construir no imaginário da sociedade. Vivemos uma situação de pleno emprego, um processo de ampla distribuição de renda e geração de oportunidades. Na verdade, temos observado alguns setores com ‘apagão’ de mão de obra, daí a importância do Pronatec e dos outros sistemas de ensino técnico, com o objetivo de qualificar a mão de obra. O povo na rua não está cobrando empregos, como ocorre na Europa, mas outros direitos, como mobilidade urbana, saúde e educação”, argumentou Uczai.

O deputado catarinense também criticou a visão economicista dos que cobram um elevado crescimento do PIB em detrimento de outros indicadores. “O que define a qualidade de vida do povo não é o percentual de crescimento do PIB, mas a distribuição de renda, a ampliação dos direitos da cidadania e a continuidade da geração de emprego e renda, garantindo um crescimento sustentável que beneficie toda a sociedade”, acrescentou Uczai.

Já o deputado Vicente Cândido (PT-SP) lembra que, além dos ganhos das categorias específicas, toda a população aumentou a renda na última década. “Os ganhos salariais específicos coincidem com o incremento geral de renda da população brasileira, especialmente dos mais pobres, como mostram os indicadores do IDHM [Índice de Desenvolvimento Humano Municipal], e tudo isso está inserido no contexto da acertada política econômica do governo do PT nos últimos dez anos”, avalia Vicente Cândido.

Por setores econômicos, o comércio liderou as negociações com reajustes acima da variação do INPC, com 98%. Na indústria, a fatia de reajustes acima da inflação foi de 85%. Já em serviços a proporção ficou em 79%.

Apesar de o primeiro semestre ter demonstrado uma piora de cenário quando comparado aos resultados do ano passado, a entidade mostrou-se otimista com relação ao quadro da segunda metade do ano, em razão de fatores como a desvalorização do real, a tendência de queda da inflação e a retomada do crescimento, ainda que tímida.

Rogério Tomaz Jr. com Agência Estado

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