O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), criticou hoje (2), na tribuna da Câmara, a proposta do senador Aécio Neves (PSDB-MG) – virtual candidato tucano a presidente da República – de rever o modelo de partilha válido para a exploração do petróleo na área do pré-sal. “É, no mínimo, deplorável a postura antinacional e entreguista do senador Aécio Neves, que vem seguidamente atacando a Petrobras com o claro objetivo de enfraquecê-la para alimentar o sonho tucano de privatização da empresa, como se pensou no governo Fernando Henrique Cardoso”, disse o líder.
Na avaliação do líder, o plano do senador tucano – anunciado a empresários na última segunda-feira (31) -, mostra a serviço de quem está. “O entreguismo ficou claro nas palavras do senador Aécio, mostrando que há uma pressão articulada para que o pré-sal seja entregue a grupos estrangeiros. A propagação da falsa ideia de prejuízos da Petrobras, ou, agora, com a operação comercial da compra da refinaria de Pasadena, de sete anos atrás, faz parte dessa estratégia antinacional capitaneada pelo PSDB”, enfatizou.
Orgulho – Para o deputado Vicentinho, a Petrobras é um orgulho para o povo brasileiro “e não pode ser objeto de ações eleitoreiras por parte da oposição, que, na falta de propostas concretas para o País, inventa, distorce e ataca a estatal”. O líder petista frisou que no sistema de concessões que a oposição defende quem ganha é o grande capital estrangeiro. “No sistema de partilha implementado pelos governos petistas, priorizamos o interesse nacional, o interesse de todo o povo brasileiro”.
O atual regime de partilha, utilizado a exploração da camada do pré-sal, de baixo risco exploratório, lembrou Vicentinho, trará um montante de recursos “jamais imaginado para a educação e para a saúde em nosso País, resolvendo problemas que se arrastam por mais de 5 séculos”.
Vicentinho enfatizou ainda que o modelo de partilha, instituído em 2010, no governo Lula, é um marco histórico em defesa das riquezas petrolíferas nacionais. “Destaca um papel estratégico da Petrobras no desenvolvimento nacional e garante não apenas que o Estado brasileiro fique com parte da produção, como assegura que a Petrobras seja a operadora única, com pelo menos 30% de qualquer consórcio privado que receba o direito de explorar o óleo”.
Já pelo regime de concessões, que os tucanos querem trazer de volta, explica Vicentinho, a Petrobras precisa competir com empresas privadas nacionais e estrangeiras para ter acesso a novas reservas.
Números – O líder petista afirmou ainda que os números não mentem: a Petrobras tem tido lucros crescentes de 2003 até agora. O lucro líquido em 2002, último ano do governo neoliberal do PSDB, foi de R$ 8,1 bilhões, e em 2012 atingiu a marca de R$ 21,1 bilhões. E esse lucro foi alcançado ao mesmo tempo em que os investimentos subiram de R$ 18,9 bilhões para R$ 84,1 bilhões em 2012, aumento de 446%. “Mesmo com a queda momentânea de ações em bolsa de valores (em processo de recuperação), a Petrobras hoje vale seis vezes mais do que em 2002. Então, quando a oposição fala que a Petrobras está ‘quebrada’, evidencia os interesses antinacionais dos tucanos”, conclui o líder.
Vânia Rodrigues