Sob a presidência de Magda Chambriard, a Petrobras seguirá como uma empresa que atuará com “respeito à sociedade brasileira”. A garantia foi dada na primeira entrevista coletiva dela no comando da companhia, na segunda-feira (27). À imprensa, Chambriard defendeu a estratégia de reforçar as reservas de petróleo para garantir a segurança energética do país, o controle de preços dos combustíveis e novos investimentos no mercado de gás natural e de refino.
“Temos que tomar muito cuidado com a reposição das reservas, a menos que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser importadores, o que para mim está fora de cogitação”, alertou a presidente. “O esforço exploratório dessa empresa tem que ser mantido, tem que ser acelerado”, defendeu.
Chambriard elencou o que classifica como novas fronteiras de exploração, a exemplo da bacia do Foz do Amazonas e da bacia de Pelotas. A margem equatorial brasileira é destacada por especialistas como um possível “novo pré-sal”. A região cobre uma extensão de mais de 2,2 mil quilômetros de litoral, indo do Rio Grande do Norte ao Amapá e inclui as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas.
Transição energética
Ela reafirmou ainda o compromisso a Petrobras em zerar as emissões de gases poluentes até 2050.
“O MMA [Ministério do Meio Ambiente] precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética”, disse. “Tem muito investimento sendo feito na direção do net zero: projetos grandiosos de captura de CO2, produção de energia renovável e derivados e petróleo verdes, esforços na direção do hidrogênio. Vamos investir nessa diversidade de geração de energia”.
Acionistas
Magda também defendeu uma gestão equilibrada, que possa atender aos interesses do povo brasileiro, o maior acionista da empresa, bem como dos acionistas privados. “A Petrobras é perfeitamente capaz de garantir retorno aos acionistas, sejam eles privados ou governamentais, da melhor forma, com muito empenho”.
A gestora garantiu ainda que a empresa dará lucro. “Nós vamos respeitar a lógica empresarial. Não há como gerir uma empresa dessas sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer”, afirmou, na sede da empresa, no Rio.
PTNacioinal, com Agência Brasil e Folha de S. Paulo