As deputadas Benedita da Silva (PT-RJ) e Luci Choinacki (PT-SC) e os deputados Jorge Bittar (PT-RJ), Márcio Macêdo (PT-SE), Nelson Pellegrino (PT-BA), Nilmário Miranda (PT-MG), Paulão (PT-AL) e Valmir Assunção (PT-BA) rebateram hoje em discurso na Tribuna a “forma eleitoreira” da oposição de tratar o episódio da Petrobras e a compra da refinaria de Pasadena.
De acordo com Benedita da Silva, a oposição antecipou as eleições no Congresso. “Temos visto que a oposição precisa de uma bandeira para que possa se sustentar nesta disputa, em que certamente teremos a vitória”.
Até as eleições e a instalação da CPI eleitoral da Petrobras, acrescentou Benedita da Silva, “estaremos fazendo o enfrentamento e derrubando essas inverdades que estão sendo colocadas, porque a oposição não quer fazer um debate político, um debate técnico das possibilidades e de como foram feitas todas as compras e os negócios da Petrobras. É apenas uma bandeira para disputar o palanque nas eleições”, afirmou a petista.
Para Luci Choinacki, a oposição demonstra desespero. “Porque este é um País onde o povo brasileiro tem renda, e renda nas famílias. Eles (oposição) têm saudades dos tempos em que o Brasil era uma fanfarra para quem governava, os tucanos. E, agora, estão com fome de pegar a Petrobras porque, para o desespero deles, a estatal está dando lucro. E vamos defender a Petrobras, sim, como uma empresa pública e importante estatal do Brasil”, disse.
“Não vamos permitir que a Petrobras, a mais importante empresa brasileira, seja colocada no rol comum das empresas de má qualidade ou das empresas que não cumprem suas obrigações em termos de desenvolvimento e qualidade de vida para o nosso povo”, afirmou o deputado Jorge Bittar.
Para o deputado Márcio Macêdo, “é uma irresponsabilidade da oposição com a maior empresa do País e a sétima do mundo e, também, com os brasileiros e as brasileiras”, disse.
De acordo com Macêdo, “usam-se versões para sobrepor ao fato com falácias, com mentiras, dizendo que a refinaria custou mais de 1 bilhão de dólares quando, na verdade, os números estão aí, claros e objetivos, de 486 milhões. E mais, naquele momento, foi um bom negócio, isso está claro e evidente”, afirmou o petista.
É óbvio, acrescentou o parlamentar do PT, “que com a oscilação do mercado, com a mudança de paradigma nos Estados Unidos na exploração do petróleo, passou a não ser um bom negócio e voltou a ser um bom negócio agora, o que é natural com essa oscilação do mercado. Portanto, quero repudiar a postura irresponsável da oposição em relação ao episódio da Petrobras e de Pasadena”, frisou Márcio Macêdo.
O deputado Nelson Pellegrino ressaltou que a desinformação “é o principal instrumento” que a oposição usa nesta Casa. “Infelizmente no Brasil as coisas passaram a ser assim, as pessoas falam as coisas como se fosse verdade”. Segundo ele, a presidenta Dilma nunca falou que o negócio de Pasadena foi um mau negócio. “É a oposição colocando na boca da presidenta Dilma coisas que ela não disse. E a refinaria não custou 486 milhões de dólares. Parte do preço foi de multas e de processos judiciais na Justiça dos Estados Unidos, que não favoreceu, infelizmente, o Brasil neste aspecto”, frisou Nelson Pellegrino.
Já o deputado Nilmário Miranda enfatizou que a oposição tem três objetivos claros. “A primeira motivação é eleitoreira, depois querem turvar a imagem da maior empresa do País para abrir caminho para a privatização; e terceiro, querem atingir o PT e o governo”.
“No auge do período neoliberal, no governo FHC, não fosse a resistência do PT, do PCdoB, do PDT, do PSB, à época, da CUT e dos sindicatos, principalmente dos petroleiros, dos movimentos sociais, a Petrobras teria sido privatizada”, afirmou Miranda.
Na avaliação do deputado Valmir Assunção a oposição não tem projeto político. “Então, não tem como enfrentar uma disputa apresentando um projeto para a sociedade e aí quer ir justamente no varejo, na disputa menor”.
Para o deputado Paulão a oposição está prestando “desserviço ao Brasil, fazendo rebaixar nota, fazendo com que a empresa se inviabilize. É lamentável”.
Gizele Benitz