Parlamentares do PT na Câmara ocuparam a tribuna nesta segunda-feira (7) para manifestar apoio à presidenta Dilma Rousseff e, também, repudiar a tentativa de golpe contra a democracia.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que causou “perplexidade” o pedido de impeachment “completamente estranho” à Constituição. “Não pesa sobre a Presidenta Dilma absolutamente nenhum ilícito ou desvio de dinheiro público. A insatisfação política da Oposição derrotada não é motivo constitucional para o impeachment. Daí a minha perplexidade. Apesar dos discursos golpistas que temos ouvido, eu não pensei que esta Casa fosse ser capaz de aceitar um ato tão inconstitucional e sem embasamento”, disse.
O Brasil “democrático e popular”, acrescentou Benedita, “não apenas vai barrar o golpe, como também vai tirar o País da paralisia”, que foi “imposta ao governo por setores da Câmara e de parte da grande imprensa, com o claro objetivo de desestabilizar a Presidenta Dilma. Mas o Governo sempre resistiu a isso”.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF) a Constituição brasileira está sendo ameaçada. “Essa Constituição que assegura o Estado Democrático de Direito está sendo ameaçada quando vimos aqui a construção de um impeachment que vem no arroubo de retaliação do Presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que se sente o imperador e que sente que pode utilizar este Parlamento para se proteger e assegurar um mandato que a sociedade já não lhe confere mais, assegurar um mandato, apesar de toda a sorte de denúncias que pesam sobre ele, inclusive a denúncia bem fundamentada do Ministério Público”, afirmou.
Já o deputado Vicentinho (PT-SP) defendeu a mobilização dos trabalhadores do país contra a tentativa de golpe. “Trabalhadores do Brasil, vamos nos mobilizar para não permitir que este golpe ocorra. Não há nenhuma denúncia, nenhum processo, nenhuma acusação contra a presidenta Dilma. Há apenas a disposição de derrubá-la no tapetão. Pela legalidade, pela democracia e contra o golpe neste País”, destacou.
Gizele Benitz