Parlamentares da Bancada do PT na Câmara ocuparam a Tribuna nesta terça-feira (17) para manifestar repúdio às primeiras medidas anunciadas pelo presidente interino e ilegítimo, Michel Temer, e que significam o desmonte do Estado brasileiro. A deputada Erika Kokay (PT-DF) classificou a equipe do governo ilegítimo de Temer de “verdadeiros abutres” da democracia. “É óbvio que o acordo que originou o golpe, um acordo feito nas trevas e nas sombras, representaria um governo sem mulheres e que eliminou a cultura. Ou seja, um governo que avança sobre direitos de trabalhadores e trabalhadoras”.
Também a deputada Moema Gramacho (PT-BA) reiterou que o governo Temer só fez “trapalhada” até agora. “Esse é um governo ilegítimo, um governo fruto de golpe, que não conseguiu ainda se assumir, que só fez trapalhada, que só tem subtraído conquistas dos trabalhadores”, disse.
Para o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) a extinção da Secretaria de Direitos Humanos e do Ministério da Cultura é uma arbitrariedade. “Nenhum candidato, se estivesse disputando as eleições, teria coragem de defender publicamente o fim do Ministério da Cultura, nem teria coragem de defender o fim da Secretaria de Direitos Humanos. Isso está ocorrendo porque o presidente interino, golpista, assumiu a Presidência da República, mas não em decorrência da legitimidade do voto. O que ele fez foi uma arbitrariedade. Manifesto o meu apoio àqueles representantes do setor cultural que estão resistindo, ocupando o antigo prédio do Ministério da Cultura, o Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, dando demonstração de que não aceitam essa medida arbitrária”, ressaltou.
Já o deputado Valmir Assunção (PT-BA) criticou o ministério de Temer que, de acordo com ele, é formado apenas de homens brancos, ricos e investigados. “É um governo só de homens em uma sociedade brasileira em que 52% são mulheres. Isso é um tapa na cara da sociedade brasileira. O povo brasileiro não pode aceitar isso”.
Valmir Assunção também lamentou a extinção dos diversos ministérios. “O governo ilegítimo de Temer acabou com todos os espaços da população em que a sociedade organizada sempre teve voz e vez”.
E o deputado Waldenor Pereira (PT-BA) defendeu a resistência contra o golpe. “Nós estamos alertas, estamos debatendo com os segmentos organizados da sociedade. A população brasileira progressivamente se conscientiza do grande erro cometido em apoiar uma iniciativa golpista como esta que aconteceu no nosso País”.
Gizele Benitz
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