A deputada Erika Kokay (PT-DF) e o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) usaram suas contas no Twitter nesta sexta-feira (15) para manifestarem indignação e pedir punição do ato de covardia pela morte do jovem negro Pedro Gonzaga, de 19 anos, sufocado por um segurança, nesta quinta-feira (14), em uma loja do Extra na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
“Exigimos apuração e punição do ato de covardia contra o jovem de 19 anos no hipermercado Extra, na Barra da Tijuca-RJ. O jovem foi assassinado após ser imobilizado em um ‘mata-leão’. As imagens que circulam pela internet são chocantes. Vidas negras importam!”, afirmou a deputada Erika Kokay.
E o deputado Reginaldo Lopes escreveu que não há como não ficar estarrecido com a cena do assassinato de um jovem em um supermercado, no Rio de Janeiro. “Não há como não fazer o recorte racial e refletir o sobre o porquê de tantas vidas negras serem banalizadas. Exigir a apuração e punição desse crime é um dever de todos e todas!”, pediu o deputado.
Também no Twitter, a deputada Margarida Salomão (PT-MG) classificou o ocorrido no supermercado como homicídio. “Trata-se de mais um triste exemplo do que provoca a cultura de ódio e violência gratuita, que ora preside o País. Um jovem negro assassinato, apenas pela suspeita, mera suspeita de ser assaltante”, lamentou.
E o deputado Rogério Correia (PT-MG) considerou o caso com resultado do pacote pró-crime do ministro da Justiça Sérgio Moro. “Mais um morto vítima do pacote do Moro. Pobre Brasil nas mãos destes fascistas!”, escreveu em sua rede social.
Entenda o caso
O segurança Davi Ricardo Moreira imobilizou o jovem Pedro Henrique Gonzaga, de 25 anos, por cerca de dois minutos – o que pode ser visto em vídeo que circula pela internet. As imagens mostram que o rapaz estava totalmente imobilizado pelo segurança e que clientes do supermercado ainda tentam convencer o vigilante a sair de cima do jovem.
Bombeiros foram ao mercado e tentaram reanimar o rapaz. Ele foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde teve uma parada cardíaca e morreu.
Davi Ricardo Moreira foi preso em flagrante e liberado da Delegacia de Homicídios da capital na madrugada desta sexta-feira (15). De acordo com a Polícia Civil, o segurança vai responder em liberdade, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), após pagamento de fiança.
Imprudência
O delegado responsável pelo caso explicou que o segurança se excedeu na legítima defesa. Disse também que há poucos elementos que caracterizem a intenção de matar e que o vigilante foi imprudente, porque é treinado para esse tipo de abordagem.
Em nota, o supermercado Extra, que pertence ao Grupo Pão de Açúcar, afirmou que repudia atos de violência em suas lojas e que abriu uma investigação interna para apurar o caso.
Vânia Rodrigues, com agências de notícias