Fotos: Gustavo Bezerra e Salu Parente
Deputados da bancada do PT na Câmara destacaram a responsabilidade do Congresso Nacional, na noite de ontem, de manter o veto à correção da tabela do Imposto de Renda (IR) em 6,5% e elogiaram a “sensibilidade” da Presidenta Dilma Rousseff que sugeriu uma medida provisória que reescalona a tabela do IR, contemplando as pessoas de menor poder aquisitivo . Por outro lado, criticaram a oposição que aposta no quanto pior, melhor.
Para o deputado Helder Salomão (PT-ES) o Governo, ao rever sua posição em relação ao reajuste do imposto de renda, faz a sinalização de que está aberto ao diálogo com o Congresso. “A aprovação de um reajuste único, em um momento de dificuldade econômica realmente era temerária. A saída encontrada, de um reajuste escalonado, permite uma redução do impacto e vai beneficiar os indivíduos nas faixas com menor renda. Teremos o benefício pretendido e para quem mais precisa, sem grande pressão nas contas públicas”.
“Quem ganha menos terá a correção de 6,5%. Uma medida acertada que respeita as faixas de renda e beneficia uma parcela importante da sociedade. Parabéns ao Governo pela iniciativa”, disse o deputado Enio Verri (PT-PR).
O deputado Zé Geraldo (PT-PA), por sua vez, lamentou “a postura desconectada da realidade que vem sendo adotada pela oposição, que se mantém trabalhando para o “quanto pior melhor” e não apoia a medida , além disso, contava com a derrubada do veto presidencial.
Segundo o deputado, o impacto do reajuste da tabela do Imposto de Renda nas contas do governo será de mais de R$ 6 bilhões, e é fundamental que se divulgue que cerca de 25 milhões de brasileiros serão beneficiados com essa medida.
Para o deputado Fernando Marroni (PT-RS), na atual conjuntura, Governo e Congresso fazem um gesto indicando que os interesses nacionais são maiores que a crise política e, como tais, devem ser preservados. “Concorde-se ou não com o remédio, do ponto de vista político o gesto foi construtivo, especialmente, porque a oposição, ensandecida ao ponto de só querer ‘sangrar’ e ‘degolar’, ficou de fora e mostra que sua aposta é no ‘quanto pior melhor’”, analisou.
Na opinião do deputado José Airton (PT-CE), a nova proposta é “muito inteligente”, pois “diferencia a tabela de forma mais justa”, garantindo que quem ganha menos pague menos e onera quem ganha mais.
“A progressividade da tabela do Imposto de Renda demonstra a preocupação deste governo em manter o poder de acumulação de trabalhadores de menor poder aquisitivo, o que não ocorreu nos governos tucanos. A atual proposta de correção escalonada ou progressiva é uma percepção de justiça fiscal, que tem reflexos diretos na qualidade de vida da população”, argumenta o deputado Assis Carvalho (PT-PI).
Para o deputado Jorge Solla (PT-BA), a correção foi a melhor e mais justa solução para o impasse sobre o tema. “Primeiro porque privilegia os trabalhadores brasileiros que ganham menos, maior parcela da população, que foi e continua sendo prioridade de nossos governos. Segundo porque foi um acordo negociado entre o parlamento e o Executivo, que demonstrou respeito à autonomia dos poderes e sensibilidade para ouvir”, afirmou Solla.
PT na Câmara