Petistas destacam importância da reformulação da estrutura do Ministério da Defesa

refale 1O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deve mandar (em breve) ao Congresso Nacional um conjunto de medidas que alteram a estrutura das Forças Armadas e até da Pasta que ocupa. As mudanças ajustam a estrutura do ministério à Estratégia Nacional de Defesa (END), objeto de um decreto assinado no fim do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“As mudanças são positivas, pois fortalecem o papel do ministro da defesa e cria um comando conjunto para as forças armadas”, comentou o deputado José Genoino (PT-SP).

Entre outras medidas, será sugerida a criação de uma chefia de Estado- Maior das Forças Armadas para manter Exército, Marinha e Aeronáutica sob o mesmo comando. A proposta vai alterar a Lei Complementar 97/99, que dispõe sobre as normas gerais para organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. Um outro aspecto ressaltado pelo deputado Genoino é a possibilidade de se conceder poder de polícia às Forças Armadas na região fronteiriça. Atualmente, a Aeronáutica pode detectar a entrada de um avião ilegal no espaço aéreo brasileiro, obriga-o a pousar mas não pode prender nem interrogar ninguém.”São mudanças pontuais que darão mais musculatura à atuação do Ministério na defesa do País”, completou o parlamentar.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) elogiou a mudanças propostas por garantirem uma organização das Forças Armadas à luz do estado democrático de direito. “As Forças Armadas terão mais qualificação e profissionalização, com integração com a Nação, para atender ao desafio de defender a soberania brasileira e riqueza como as do pré-sal”, disse Ferro. O parlamentar lembrou que à época da criação do ministério, no governo FHC, imperavam ainda resquícios do regime autoritário, o que impediu a criação de uma estrutura de defesa condizente com a democracia.

MODERNIZAÇÃO – A Estratégia Nacional de Defesa tem como foco a modernização da estrutura nacional do setor, com atuação em três eixos: reorganização das Forças Armadas, reestruturação da indústria brasileira de defesa e composição dos efetivos das três forças.

Elaborada pelo ministério da Defesa e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, a nova organização da área de defesa do País vai atender às questões do setor ligadas ao desenvolvimento nacional a médio e longo prazos. O plano transmite a necessidade em combinar sentimentos pacíficos e a determinação de defesa contra qualquer ameaça.

As diretrizes estratégicas e as capacitações operacionais que a orientam propõem uma defesa integrada em três setores decisivos: o espacial, o cibernético e o nuclear. As três Forças Armadas devem operar em rede e entre si para o monitoramento do território, do espaço aéreo e das águas brasileiras.

Aborda ainda a reorganização da indústria nacional de material de defesa. O objetivo é assegurar que o atendimento às necessidades de equipamento das Forças Armadas apoie-se em tecnologias disponíveis ao domínio nacional. Adicionalmente, pretende-se aliar o desenvolvimento das Forças Armadas ao desenvolvimento econômico e tecnológico do país. A reativação do parque industrial militar do Brasil e o incentivo aos centros de pesquisa do setor, assim como a formação de profissionais cada vez mais e melhor qualificados, serão a parte central da estratégia de defesa a ser formulada.

Equipe Informes

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