Parlamentares da bancada do PT na Câmara se revezaram na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (17), para condenar o balcão de negócio do governo ilegítimo de Michel Temer para virar votos de parlamentares contrários à Reforma da Previdência.
“O governo Temer está querendo comprometer os prefeitos ao fazer algo legítimo para eles, que é a renegociação do INSS. Ele exige, entretanto, em contrapartida, que os prefeitos apoiem a reforma da Previdência. É um escândalo”, alertou o deputado Bohn Gass (PT-RS). Na proposta de Temer, o Refis Municipal prolonga por 240 meses as dívidas do município com o INSS.
“O Refis que o Temer está oferecendo agora, não vai adiantar nada se a reforma da Previdência for aprovada. Porque o Refis desafoga temporariamente, mas a reforma afoga definitivamente as finanças municipais”, afirmou.
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) reafirmou a importância da luta dos prefeitos que vieram à Brasília cobrar do governo Temer a retomada de investimentos e, ao mesmo tempo, classificou de “infantil” a atitude de Temer de envolver os prefeitos no “toma lá, dá cá”, do ilegítimo.
“Os prefeitos não são ingênuos, sabem o que está em jogo, sabem que a reforma da Previdência não é só prejudicial à vida de cada brasileiro e brasileira, como é prejudicial, e muito, para a economia das pequenas cidades”, avaliou Zeca Dirceu.
Denunciou o deputado Marcon (PT-RS) que o governo golpista pagará uma alta conta para ver aprovada a Reforma da Previdência. “Notícias veiculadas pela imprensa e pela própria agenda do presidente, dão conta dos compromissos firmados por ele que podem custar cerca de R$ 110 bilhões aos cofres públicos”, acusou o deputado, se referindo à dívida do setor com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) equivalente a R$ 10 bilhões e ao Refis municipal que permite aos prefeitos renegociarem uma dívida de pelo menos R$ 100 bilhões com o INSS.
“Todo mundo está vendo que grande parte desta Casa está sendo convidada a vender o seu voto para destruir a Previdência pública”, criticou o deputado Jorge Solla (PT-BA).
Benildes Rodrigues