O líder da Minoria no Congresso, deputado Décio Lima (PT-SC) e os parlamentares petistas Benedita da Silva (RJ), Helder Salomão (ES) e Padre João (MG) ressaltaram nesta quarta-feira (26) a importância das manifestações populares e de entidades da sociedade civil para barrar os retrocessos trabalhistas e previdenciários propostos pelo governo de Michel Temer. Em discursos no plenário da Câmara, os deputados conclamaram a população a aderir à greve geral convocada para esta sexta-feira (28) e as manifestações relativas ao 1º de Maio (Dia do Trabalhador).
“Convido a todos os brasileiros estarem nas ruas nessa sexta-feira daí 28, vamos parar o Brasil, parar a produção, mostrar que somos contrários a esse governo que se tornou uma máquina de moer direitos dos trabalhadores, uma verdadeira carnificina”, disse Décio Lima.
Benedita da Silva, disse que comparecer as ruas para protestar contra as reformas é “defender o direito à vida”. “Esta será uma manifestação de indignação contra essas reformas nefastas que vão tirar os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, que são conquistas árduas, direitos que levamos décadas e até séculos para conquistar”, afirmou.
O deputado Helder Salomão ressaltou que apesar da pressão do governo sobre o Congresso para aprovar as reformas, a sociedade tem se mobilizado contra as propostas.
“Várias igrejas, vários religiosos, sindicalistas, movimentos sociais, intelectuais, homens e mulheres do nosso País estão se mobilizando contra essas reformas que vão, se aprovadas, sacrificar o povo brasileiro”, disse.
O deputado Padre João destacou ainda que as resistências às reformas de Temer também têm mobilizado as Câmaras Municipais e até a Igreja Católica, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O deputado mencionou 31 municípios que aprovaram moção de repúdio às reformas trabalhista e da Previdência.
“Eu me orgulho também da CNBB, que, desta vez, foi bem mais incisiva com a nota. Essa nota da CNBB despertou também vários bispos e arcebispos, que não somente apoiaram a nota, mas também gravaram vídeo e convocaram os fiéis”, explicou.
Héber Carvalho