Petistas criticam política econômica de Bolsonaro e Guedes que provoca rombo nas contas externas

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (27), o déficit em transações correntes do Brasil fechou 2019 a US$ 50,762 bilhões (R$ 212 bilhões), alta de 22,2% sobre 2018 e no pior dado em quatro anos, afetado pela piora da balança comercial, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira. O maior rombo das contas externas antes disso havia sido registrado em 2015, quando o déficit foi de US$ 54,472 bilhões (R$ 227,4 bilhões).

O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), usou suas redes sociais para denunciar o rombo nas contas externas. “Rombo nas contas externas sobe a US$ 50,762 bi, em 2019, 2,76% do PIB. Maior rombo das contas externas havia sido registrado em 2015”. E ironizou que até hoje os mercadores de terreno na lua falam: “É só tirar a Dilma”.

“Há anos o Brasil não assistia um rombo tão grande nas contas externas. Contas externas do Brasil registra o pior resultado dos últimos 4 anos. É o Brasil de Guedes e Bolsonaro ladeira abaixo. Uma tragédia econômica esse governo. Ainda falam que a retomada do crescimento da economia está em curso. Crise social agrava ainda mais esse cenário”, escreveu o deputado José Guimarães (PT-CE) em seu Twitter.

A presidenta do PT nacional, Gleisi Hoffmann (PR), também divulgou a matéria em sua página do Facebook.

Buraco

O buraco nas transações correntes em 2019 passou a 2,76% do PIB (Produto Interno Bruto), sobre 2,20% em dezembro do ano anterior. Apesar da piora, ele seguiu coberto com folga pelos investimentos diretos no país (IDP), que alcançaram US$ 78,559 bilhões (R$ 328 bilhões) no ano passado.

A expectativa do BC era de um déficit em transações correntes de US$ 51,1 bilhões (R$ 213,4 bilhões) em 2019, mas com IDP um pouco melhor, de US$ 80 bilhões (R$ 334,1 bilhões).

A autoridade monetária já havia justificado que as transações correntes foram prejudicadas em 2019 pelo pior desempenho da balança comercial, num ano marcado pela desaceleração da economia na Argentina, peste suína afetando a China e a demanda por soja brasileira, além da dinâmica envolta em incertezas do comércio mundial em meio às tensões protagonizadas por Estados Unidos e China.

O ano passado também foi afetado por ruídos em relação aos números das transações correntes.

No início de dezembro, o governo anunciou uma correção para cima no registro das exportações de setembro a novembro, atribuindo a uma falha humana uma subnotificação de US$ 6,488 bilhões (R$ 27 bilhões) que havia ajudado a piorar o resultado da balança comercial brasileira divulgado originalmente.

Ao fim, o superávit da balança comercial encerrou 2019 em US$ 39,404 bilhões (R$ 164,5 bilhões), recuo de 25,7% sobre 2018, diante de uma queda de 6,3% nas exportações e diminuição de 0,8% nas importações, apontou o BC.

Em 2019, as remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no Brasil caíram 14,8% sobre o ano anterior, a US$ 31,126 bilhões (R$ 129,9 bilhões). Esse foi o principal fator a guiar a retração de 4,8% no déficit em renda primária, a US$ 55,989 bilhões (R$ 233,8 billhões).

Na conta de serviços, houve redução no ano tanto nos gastos líquidos de brasileiros no exterior, com recuo de 5,4% frente a 2018, a US$ 11,681 bilhões (R$ 48,7 bilhões), quanto nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, que caíram 8,2%, a US$ 14,483 bilhões (R$ 60,4 bilhões).

Fundamentalmente por conta desses dois movimentos, o déficit em serviços diminuiu a 1,7% em 2019, a US$ 35,141 bilhões (R$ 146,7 bilhões), apontou o BC.

Dezembro

Em dezembro somente, o déficit em transações correntes foi de US$ 5,691 bilhões (R$ 23,7 bilhões), pior que a expectativa de um déficit de US$ 4,5 bilhões (R$ 18,7 bilhões), conforme pesquisa da agência Reuters com analistas. A conta de IDP alcançou US$ 9,434 bilhões (R$ 39,3 bilhões), abaixo da projeção de US$ 11 bilhões (R$ 45,9 bilhões).

 

PT na Câmara com Folha de S.Paulo

 

 

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