Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais nesta quarta-feira (31) para criticar duramente o governo Bolsonaro pelo corte orçamentário de R$ 1,44 bilhão e que vai atingir em cheio os ministérios da Cidadania e da Educação. Os petistas também declararam apoio as manifestações do setor educacional programadas para o dia 13 de agosto. “Bolsonaro não aprendeu que com a educação não se brinca. Vamos às ruas no dia 13 de agosto, em um novo tsunami da educação, para mostrar qual o é Brasil que queremos. Menos armas, mais livros!”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), em sua conta no Twitter.
Ao criticar o corte orçamentário detalhado na edição do Diário Oficial da noite desta terça (30), a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) enfatizou que o governo Bolsonaro passa mais uma tesourada no orçamento e deixa o País na paralisia. “Só a educação já tem 25% das verbas cortadas e a previsão é de novas reduções de recursos ocorrerão em setembro. Máxima do governo Bolsonaro é quanto pior melhor”, lamentou.
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) ironizou a hashtag #QuartaFeiraSemBolsonaro. “Sem Bolsonaro como? Se já acordamos sabendo que a educação perdeu mais R$ 348 milhões, 25% do orçamento para o ano todo. Os cortes chegaram a R$ 6,2 bilhões”. Ele também manifestou preocupação com a possibilidade de mais cortes em setembro e ironizou: “O slogan do governo Bolsonaro deveria ser ‘Menos Brasil’. Reserva emergencial já era, não temos mais um real. Brasil em ruínas. Em setembro mais cortes!”.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) lamentou o fato de o governo Bolsonaro atacar novamente a educação brasileira com o corte de mais R$ 348 milhões. “Ao todo, a Educação tem bloqueados R$ 6,1 bilhões neste ano, maior corte em toda a Esplanada dos Ministérios”, criticou.
Na mesma linha, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) enfatizou que desde que Bolsonaro assumiu, o Ministério da Educação já teve mais de R$ 6 bilhões bloqueados. “Infelizmente nesse governo faz tanto sentido a frase de Darcy Ribeiro de que a crise na educação brasileira não é uma crise, é um projeto”.
Com a notícia de mais um corte na educação, o deputado Bohn Gass (PT-RS) disse que não existe outra solução a não ser ir para as ruas no dia 13 de agosto protestar contra o governo e em defesa da educação pública.
O mesmo pensamento tem o deputado Afonso Florence (PT-BA). “No dia 13 de agosto, teremos grande mobilização em defesa da educação pública. Vamos derrotar Bolsonaro”, conclamou na sua conta no Twitter.
Prioridade
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) questionou em sua conta no Twitter se alguém tem dúvida de que a educação deve ser prioridade em qualquer País democrático que busca o desenvolvimento social, político e econômico? “Mais uma violência contra o povo. Quem corta da educação é inimigo da nação!”, afirmou
Para o deputado Joseildo Ramos (PT-BA), a maior ameaça ao governo é o conhecimento. “Não por acaso, a Educação é o setor mais atacado por Bolsonaro. Com o novo bloqueio de R$ 348 milhões a educação pública pede mais de R$ 6 bilhões. O maior entre todos os ministérios”, protestou.
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) ao defender o orçamento da educação disse que nenhuma sociedade, grupo, tribo, desde os primórdios, se desenvolveu sem o avanço da técnica, (alfabeto, metalurgia, agricultura, astronomia) do conhecimento e da passagem desses saberes para os outros. “A essência da civilização é íntima do saber”, afirmou.
E na avaliação do deputado Enio Verri (PT-PR), com os cortes na área educacional, o governo atenta deliberadamente contra o desenvolvimento do País. “Bolsonaro remete o Brasil há mais de 100 anos”, completou.
“Como a educação não é prioridade para o governo Bolsonaro, um novo bloqueio atinge R$ 348 milhões do orçamento do Ministério”, lamentou o deputado Henrique Fontana (PT-RS), acrescentando que até agora o setor educacional já teve bloqueado cerca de 25% do seu orçamento anual.
Também criticaram os cortes e reforçaram a necessidade ocupar as ruas do País no dia 13 de agosto em defesa da educação e da Previdência Social a deputada Rosa Neide (PT-MT) e os deputados Alencar Santana Braga (PT-SP), Marcon (PT-RS), Helder Salomão (PT-ES), Rogério Correia (PT-MG), José Guimarães (PT-CE), João Daniel (PT-SE), Carlos Veras (PT-PE) e Beto Faro (PT-PA).
Vânia Rodrigues