Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais nesta segunda-feira (12) para criticar o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, por mais uma atuação ilegal. “Mais um esquemão de Dallagnol reforçam a máquina que criaram, sob o véu de ‘combate à corrupção’ para extorquir e manipular rumos de investigações, o curso da Justiça e a opinião pública. E o buraco é mais fundo”, denunciou o deputado Leonardo Monteiro (PT), em sua conta no Twitter.
As novas revelações divulgadas hoje, pelo site The Intercept Brasil, mostram que Dallagnol usou dois grupos políticos surgidos após a Lava Jato como porta-vozes. Os chats apontam que Dallagnol começou a se movimentar para influenciar a escolha do novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) apenas um dia após a morte do ministro Teori Zavascki, antigo responsável pelos processos da operação na Suprema Corte.
Na avaliação do deputado Bohn Gass (PT-RS), “Deltan comandava os procuradores da Lava Jato como se fosse um partido político, praticando o que eles mesmos chamam de “velha política”. Há pressões, lobbies, toma lá dá cá, tráfico de influência e etc”, denunciou o deputado na sua conta no Twitter.
E a deputada Maria do Rosário (PT-RS) usou sua rede social para cobrar justiça. “Se ainda há justiça neste País, que está máfia seja desmontada e punida. Todos e cada um deles. Máfia Corrupta”. Na mesma linha, o deputado José Guimarães (PT-CE) cobrou investigação: “O que essa gente fez, merece ser apurado e todos punidos. CPI Já”.
Para o deputado Helder Salomão (PT-ES) “está claro que transformaram a Lava Jato em uma instituição política com projeto de poder”. E o deputado Paulão (PT-AL) diz ter esperança no STF, “Os procuradores federais da República de Curitiba não respeitaram as leis. Tenho esperança que o STF vai combater esses crimes”.
Ministro Onyx na lista
Os diálogos também revelam que Dallagnol já sabia que o atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, fazia parte da “lista do Fachin”, sobre políticos suspeitos de receber propina. “Aos amigos, tudo; aos inimigos, nem a lei”, protestou a deputada Natália Bonavides (PT-RN) em seu Twitter.
“Eles ainda comemoraram o enfraquecimento do Conselho Nacional do MP, para não serem punidos pelos crimes e corrupção. Dallagnol confessou que já sabia que Onyx estava envolvido em corrupção. Mesmo assim, fez vista grossa. Onyx é aquele mesmo que foi “perdoado” por Moro apenas porque admitiu que errou e pediu desculpas”, criticou o deputado Rogério Correia (PT-MG).
Lorena Vale
Foto: Marcelo Andrade