Foto: Neil Palmer/CIAT
Em relatório divulgado nesta sexta-feira (13), em Nova Iorque (EUA), o Brasil é destacado como um dos países que mais têm conseguido reduzir de forma significativa a taxa de mortalidade infantil. Em termos globais, o estudo indica que, se permanecerem as atuais tendências, o mundo não atingirá o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 4 (diminuir em dois terços a taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos até 2015). Apesar disso, o Brasil é citado como um destaque positivo.
Segundo o documento da agência da ONU, a taxa de mortalidade de menores de 5 anos no Brasil caiu 77% entre 1990 e 2012 graças a uma combinação de estratégias: a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) com foco na atenção primária de saúde, a melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido e esforços para prestar assistência à saúde no nível comunitário, a melhoria das condições sanitárias, o aumento do conhecimento das mães, a promoção do aleitamento materno, a expansão da imunização e a criação de iniciativas de proteção social como o programa de transferência de renda Bolsa Família.
Para o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), a menção ao êxito do Brasil é um reconhecimento que deve ser comemorado e é fruto de vários fatores políticos, sociais e econômicos.
“O avanço da tecnologia, em todo mundo, permitiu um grande avanço nesta área, mas três itens são fundamentais no Brasil: a ampliação da rede de tratamento de água e esgoto, que pode causar uma redução da mortalidade infantil em até 50% em comunidade que não dispunham desse serviço. O fortalecimento do SUS, que tem ampliado o seu universo de atendimento, apesar das críticas e dos seus problemas. E a melhor distribuição de renda, que tem um impacto positivo muito grande na vida das pessoas”, explicou Rosinha.
“Agora, com o programa Mais Médicos, vamos avançar ainda mais na redução de problemas como esse, pois o governo vai ampliar ao acesso aos serviços médicos a um enorme contingente de pessoas, além de garantir o acesso aos medicamentos, o que já vem sendo feito há vários anos”, acrescentou o deputado paranaense.
O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), destacou a contribuição do programa Bolsa Família para esse resultado positivo. “A inclusão social e a distribuição de renda promovidas pelo Bolsa Família, especialmente nas pequenas e médias cidades, tiveram um grande peso nesse processo. E esse reconhecimento público do Unicef deve ser uma dor de cabeça para as pessoas que chamam o Bolsa Família de esmola”, comentou Guimarães.
A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) enalteceu o desempenho muito positivo do Brasil no cumprimento dos Objetivos do Milênio da ONU. “O Brasil está alcançando muito rapidamente as Metas do Milênio e, no caso da redução da mortalidade infantil, devemos reconhecer também a importância do acompanhamento do pré-natal, da vacinação das crianças, que são contrapartidas do Bolsa Família, além da Rede Cegonha, que possibilita mais segurança ao parto. Temos desafios, como a necessidade de redução da mortalidade materna, mas temos que comemorar esses resultados que obtivemos até agora”, avalia Janete.
Para o deputado Afonso Florence (PT-BA), os dados destacados pelo Unicef correspondem ao modelo de desenvolvimento implementado pelos governos petistas. “Nós fazemos o monitoramento constante desses dados nos distritos sanitários. A coleta e o tratamento de esgoto e de água tem sido ampliado expressivamente, sobretudo em áreas isoladas na zona rural e em zonas de urbanização precária. Os investimentos federais em saúde, saneamento e educação, somados à distribuição de renda e ao aumento da massa salarial, têm permitido esses resultados. Tudo isso é fruto de um modelo de desenvolvimento que vem garantindo a melhoria concreta das condições de vida da população”, analisou Florence.
Confira a íntegra do relatório (disponível apenas em inglês até o momento) no link abaixo:
http://www.unicef.org/publications/files/APR_Progress_Report_2013_9_Sept_2013.pdf
Rogério Tomaz Jr.