Parlamentares destacam também ações do governo Lula pela preservação dos biomas brasileiros.
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara defenderam pelas redes sociais, nesta quinta-feira (5), a necessidade urgente de o Brasil preservar a Amazônia, o maior e mais importante bioma do País. No Dia da Amazônia, comemorado neste 5 de setembro, deputadas e deputados petistas ressaltaram a importância da proteção a esse patrimônio brasileiro, ameaçado pela devastação praticada, principalmente, pelo garimpo e extração ilegal de madeira, e a grilagem de terras. Segundo eles, esses setores contaminam rios, devastam a floresta e promovem queimadas, ameaçando a sobrevivência das comunidades tradicionais que habitam esse ecossistema, assim como espécimes da fauna e flora da região.
A deputada Dilvanda Faro (PT-PA), presidenta da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara, ressaltou em nota divulgada pelo colegiado que o 5 de setembro é “um marco para que não esqueçamos a necessidade de sua conservação, enquanto um bioma essencial para o combate à mudança climática no planeta e vital para a subsistência das populações locais”.
“Nesse dia em que se evidencia a exuberância desse bioma, que vem sendo maltratado pelo garimpo ilegal, tráfico de madeiras e de grilagens de terras, vale evidenciar as demais Comunidades Tradicionais, que junto com os Povos Originários, têm sido guardiões e guardiãs da Amazônia da “floresta em pé”, os quilombolas, ribeirinhos, pescadores e pescadoras artesanais, agricultores familiares, piaçabeiros, peconheiros, seringueiros e outros mais”, afirmou.
180 povos
Ainda de acordo com a deputada, na Amazônia Legal – que ocupa 61,9% do território nacional – vivem mais de 180 povos indígenas, além de vários outros grupos isolados. Dilvanda Faro afirma também que a “Comissão da Amazônia, dos Povos Originários e Tradicionais, se manterá firme na defesa desse bioma e dos povos que nele vive, produz e reproduz a vida”.
Já o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara, deputado Nilto Tatto (PT-SP), disse que a Amazônia é “o maior patrimônio desta e das futuras gerações” e que “a sociobiodiversidade da floresta, com sua fauna e flora, e com a diversidade étnica e cultural presente na região, é única no mundo”.
“Qual País tem os biomas mais ricos do planeta, como a Amazônia e o Pantanal? Qual País que não o Brasil, tem mais de 200 línguas nativas, das quais ao menos 150 são faladas ainda hoje por 305 etnias? Neste dia da Amazônia é importante refletirmos sobre a importância da preservação ambiental para a vida no Planeta, mas também como parte de nossa própria identidade”, observa.
A deputada Juliana Cardoso (PT-SP), de origem indígena e 1ª vice-presidente da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara, lembrou que neste 5 de Setembro também é comemorado o Dia Internacional da Mulher Indígena. Segundo a parlamentar, a Amazônia enfrenta um período difícil causado pelas mudanças climáticas e ataques a sua biodiversidade. No entanto, ela elogiou o esforço do governo Lula na preservação da maior floresta do mundo.
“Agora, passamos por um período muito delicado. Na Amazônia, vivemos a pior seca da história que pode trazer resultados catastróficos para a todo o Estado do Amazonas, já em estado de emergência. Por tudo isso, a preservação da natureza tem sido uma preocupação constante para o Governo Lula que não tem medido esforços para diminuir os impactos da estação seca na região”, aponta.
Biodiversidade
Por sua vez, o deputado Airton Faleiro (PT-PA) – 3º vice-presidente da Comissão da Amazônia – destacou que hoje é “dia para agradecermos a existência deste ecossistema e por vivermos em um país que possui tamanha biodiversidade”. No entanto, também ressaltou que é “dia para refletirmos nossas ações, porque a natureza tem pedido socorro”.
“Cada árvore derrubada, cada queimada, uma parte de nós também morre. A Amazônia é resistência e esperança. A natureza nos oferece tudo e agora é hora de retribuir. Dos povos indígenas que protegem suas terras ancestrais, aos que dedicam suas vidas à recuperação da floresta, temos o papel de cuidá-la. Ainda há tempo para garantir que a Amazônia permaneça de pé”, escreveu.
Combate às queimadas e ao desmatamento
O Ministério do Meio Ambiente do governo Lula alerta que o Brasil vem enfrentando atualmente a pior estiagem em 75 anos, fruto das mudanças climáticas causadas pela ação do homem. Essa situação tem agravado os incêndios florestais, inclusive na região Amazônica.
Segundo o órgão, essa emergência climática elevou em até 20 vezes a probabilidade de ocorrência das condições climáticas observadas entre março de 2023 a fevereiro de 2024 na Amazônia Ocidental, quando houve intensificação do número de incêndios.
Em 2024 foram detectadas 189 frentes de incêndios, dos quais 57% foram extintos ou controlados. Quase 1.500 brigadistas atuam no combate ao fogo em toda a Amazônia.
Já em relação ao desmatamento, causado por setores que agem ilegalmente na região, a ação energética do governo Lula, por meio de órgãos como IBAMA, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Forças Armadas, foi responsável por reduzir em 45,7% o desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024.
“É a maior queda percentual já registrada para o período, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados nesta quarta-feira (7/8). A área sob alertas (4.315 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016”, detalha o ministério.
Leia Mais: Efeito Lula: desmatamento na Amazônia Legal é o menor em 10 anos
Leia a íntegra da nota Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais
05 de setembro – Dia da Amazônia
Um marco para que não esqueçamos a necessidade de sua conservação, enquanto um bioma essencial para o combate à mudança climática no planeta e vital para a subsistência das populações locais.
Esse bioma tem 61.9% de sua presença em território brasileiro, ocupando os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e do Mato Grosso. Também presente nos países limítrofes do Brasil, o Peru, com 11.4% da Amazônia; a Bolívia, com 8.4%; ocupa também 6.0% do território da Colômbia; 5.6% da Venezuela; 2.5% da Guiana; 1.7% do Suriname; 1.6% do Suriname; e finalmente 1% da Guiana Francesa.
No Brasil, são mais de 180 povos indígenas, além de vários grupos isolados vivendo no bioma. As terras indígenas possuem um papel fundamental para garantir a proteção dos direitos e da identidade desses povos, cujos meios de vida possibilitam a manutenção da floresta e de seus recursos há tantas gerações.
Nesse dia em que se evidencia a exuberância desse bioma, que vem sendo maltratado pelo garimpo ilegal, tráfico de madeiras e de grilagens de terras, vale evidenciar as demais Comunidades Tradicionais, que junto com os Povos Originários, tem sido guardiões e guardiãs da Amazônia da “floresta em pé”, os quilombolas, ribeirinhos, pescadores e pescadoras artesanais, agricultores familiares, piaçabeiros, peconheiros, seringueiros e outros mais.
Essa Comissão da Amazônia, dos Povos Originários e Tradicionais, se manterá firme na defesa desse bioma e dos povos que nele vive, produz e reproduz a vida.
Viva a Amazônia!
Dilvanda Faro
Presidenta da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais
Héber Carvalho