Petista quer convocação de ministro da Justiça para explicar “privilégio desmedido a um criminoso”  

Fotos: Reprodução Twitter/Creative Commons

O deputado Alencar Santana (PT-SP) quer que o ministro da Justiça, Anderson Torres, explique participação “in loco” no episódio que chocou o País neste domingo (23), protagonizado pelo aliado político de Bolsonaro e ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson. Na ocasião, Jefferson entrou em confronto com integrantes da Polícia Federal que foram à casa dele para que se cumprisse a ordem de prisão em curso. Os agentes foram recebidos a tiros de fuzil e granada.

O requerimento de convocação de Anderson Torres foi protocolado pelo parlamentar petista nesta segunda-feira (24), na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Para Alencar Santana, o aliado de Bolsonaro além de se insurgir contra legítima decisão judicial emanada do Supremo Tribunal Federal, ainda atentou contra a vida e a integridade física dos policiais federais – Karina Oliveira e delegado Marcelo Vilella -, que estavam no exercício da função pública. Para ele, isso demonstra “o perigo e as ameaças que esses disseminadores de ódio e de contendas representam para a sociedade, o Estado Democrático de Direito e o pleito eleitoral em curso”.

Privilégio desmedido

Segundo noticiou os veículos de imprensa, a ida do ministro da Justiça à casa de Roberto Jefferson foi determinada pelo presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.

“Não se sabe exatamente para qual finalidade, além da aventada, se fazia premente a presença do ministro da Justiça no local dos fatos, na medida em que o cargo ocupado não tem e nem poderia ter qualquer influência no desenrolar dos acontecimentos necessários ao cumprimento da prisão em face do investigado, salvo eventual preocupação acerca do que um perturbado aliado do candidato à reeleição pudesse vir a causar da campanha e na imagem deste”, criticou Santana.

O parlamentar criticou também o fato de Anderson Torres ter acompanhado a audiência de custódia, o que em sua avaliação, significa “privilégio desmedido a um criminoso que acabara de atentar contra a vida de policiais federais”.

Alencar Santana lembrou que Jefferson vinha praticando diversos crimes ao longo dos últimos dias, razão pela qual “não poderia jamais receber, como parece, apoio ministerial, institucional e presidencial, em face de toda sorte de atrocidades perpetradas”.

“É necessário, nessa toada, que o ministro da Justiça venha à Câmara dos Deputados, prestar os esclarecimentos devidos”, reiterou Alencar Santana.

Leia a íntegra do requerimento:

CD222284937300_convocação MJ caso Roberto Jefferson

 

Benildes Rodrigues

 

 

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